Campanha para vereador foi barata

Dos 19 vereadores eleitos em Cuiabá, o novato Mário Lúcio Guimarães (PV) foi o campeão de gastos de campanha, com R$ 154.998. Já o mais votado nesse pleito, Walter Rabelo (PMDB), ficou em quarto lugar nessa categoria, com R$ 80.350. O segundo maior gasto eleitoral foi com Guilherme Maluf, com R$ 99.875. Juntos, os eleitos atingiram a cifra de R$ 1,09 milhão, durante a campanha. Entre os dois maiores volumes financeiros declarados no processo, os principais financiadores foram os próprios candidatos. O concorrente do PV foi o único doador de sua própria campanha para a Câmara Municipal da capital. Já o pefelista, Guilherme Maluf, entrou com R$ 60.750, montante superior a 50% do total gasto. Os números referentes à arrecadação e gastos de campanha foram apresentados pelos próprios concorrentes, na 1ª Zona Eleitoral de Cuiabá, conforme estabelece a legislação eleitoral. Contrariando a tendência de autocontribuição, Walter Rabelo não entrou com ajuda financeira direta em sua campanha. Nesse caso, a maior colaboração ficou com Comercial Combustível Santa Edwiges, com R$ 23.800. O atual presidente da Câmara de Cuiabá, Luiz Marinho (PFL), conquistou o terceiro lugar, entre os que mais gastaram; foram R$ 80.450. Motivo: O campeão em gasto de campanha, vereador eleito Mário Lúcio Guimarães (PV), alega que sua experiência como candidato a vereador no ano de 2000 (não eleito), mostrou que apesar da vigência do regime democrático, não é possível ganhar eleição sem dinheiro. “Planejei meu projeto de campanha, após perder em 2000. Aprendi que sem estrutura financeira não dá. Não seria eleito sem isso, ou teria que ser apadrinhado por alguém”, assegurou. Já sobre o fato de ser a única fonte de sua campanha, explica que trata-se de uma opção familiar. “Decidimos isso para evitar comprometimento futuro”, explicou. O vereador não quis divulgar seu rendimento mensal, composto pelo salário de servidor público e como palestrante em sua área de atuação.