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Meio Ambiente
Domingo - 19 de Dezembro de 2004 às 17:10

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Para garantir mais eficiência nas operações de fiscalização, fiscais do Ibama, agentes da Polícia Federal e da Funai serão treinados para padronizar a autuação de infrações relacionadas à biopirataria.

Durante a semana passada, o Departamento do Patrimônio Genético do Ministério do Meio Ambiente e a Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama realizaram o workshop "Ação fiscal para o controle do acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado". Esta é a primeira iniciativa de capacitação de fiscais de meio ambiente sobre o assunto e contará com a participação de 45 agentes de diversos Estados.

O diretor de Patrimônio Genético do MMA, Eduardo Vélez, explicou que o objetivo foi capacitar os agentes para a nova legislação de combate à biopirataria. Como os fiscais e agentes participam de operações de fiscalização sobre assuntos diversos, a capacitação específica sobre recursos genéticos garante maior eficiência. Serão tratados temas como a Convenção da Diversidade Biológica, conceitos relacionados à biopirataria, acesso aos componentes do patrimônio genético e conhecimentos tradicionais associados e a legislação brasileira sobre a questão. O assunto tem um certo grau de complexidade, por isso precisamos garantir que nossos fiscais tenham as informações corretas e procedimentos padronizados para a aplicação precisa da lei , afirmou Vélez.

A oficina irá permitir que a fiscalização diferencie o que é uma coleta simples de material biológico do que é bioprospecção com fins de biopirataria. Uma coleta simples é a busca de flores ou folhas no mato para fazer chás medicinais ou para determinadas cerimônias religiosas. Após a capacitação, os fiscais terão mais instrumentos para diferenciar o biopirata do infrator comum, assegurando o enquadramento de acordo com a infração.

Os fiscais também foram treinados para identificar os documentos necessários para a bioprospecção e para a remessa de amostras para o exterior, possibilitando maior eficiência na fiscalização e garantindo que pesquisadores com autorizações do Ibama e do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético possam trabalhar com segurança.




Fonte: Folha do Estado

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