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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 16 de Dezembro de 2004 às 08:49

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Cuiabá teve um saldo positivo nos programas de habitação com a construção de 6.230 casas populares e 14 mil lotes titulados em 28 conjuntos habitacionais.

As ações foram desenvolvidas nos últimos oito anos da administração do prefeito Roberto França em vários projetos que tiveram parcerias com o governo do Estado, (Fethab) e governo federal. A prioridade, segundo o presidente da Agência Municipal de Habitação, Rômulo Vandoni, foram as famílias que viviam em áreas de risco nas margens do rio Cuiabá e córregos.

No programa “Meu Lar”, por exemplo, a prefeitura doa o terreno, o governo do Estado leva a infra-estrutura e a Caixa Econômica Federal constrói as casas, que são quitadas a baixo custo pelos moradores. Já para retirar famílias em áreas de risco, a prefeitura de Cuiabá buscou recursos no programa emergencial do governo federal para a construção de 200 casas nos bairros Novo Tempo, Novo Milênio, Doutor Fabio e Jardim Umuarama.

Mas foi o programa Habitar Brasil/BID que possibilitou o reordenamento da ocupação urbana da cidade. Foram retiradas e transferidas para local apropriado 755 famílias, que viviam em áreas verdes e de risco na micro-bacia do córrego Três Barras. O programa recebeu o título de modelo de obra social da Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República (Sepurb). Com isso, Cuiabá passou a ser referência aos 123 municípios que recebem investimentos do gênero do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no total de R$ 9,56 milhões.

Foram entregues 755 moradias do Habitar BID em dois bairros, na Grande Morada da Serra - Jardim das Aroeiras (406 unidades) e Jardim Umuarama II (349), com 32 metros quadrados de área construída, cada. A Agência de Habitação selecionou as famílias que foram transferidas para as novas casas, sendo a maioria dos Jardins Brasil e Ouro Fino. Vandoni Filho explicou que, além das novas moradias, a prefeitura e o BID estão realizando um trabalho social sem precedentes.

Tudo para que as famílias retiradas das áreas de risco (30 metros das margens dos córregos) não retornem futuramente para suas antigas moradias. Segundo levantamento feito pela Defesa Civil, cerca de 3 mil pessoas viviam em áreas de risco em Cuiabá.

A moradora Taiana Oliveira da Conceição, que vive hoje numa das casas doadas pela prefeitura no bairro Aroeiras I, conta que vivia momentos de desespero nas margens do córrego Três Barras. “Em 2001 foi a pior das enchentes, perdemos tudo”, conta.

O secretário de Habitação argumentou que a maior parte das vítimas da enchente de abril de 2001, responsável pela morte de 15 pessoas na capital, vivia ilegalmente nas margens dos córregos. Vandoni observa que, segundo os estudos realizados, o desmatamento desordenado e o assoreamento dos córregos contribuíram decisivamente para a tragédia.




Fonte: Diário de Cuiabá

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