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Nacional
Terça - 14 de Dezembro de 2004 às 19:33

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O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), encaminhou hoje ofício aos tribunais regionais eleitorais do Ceará, Rondônia, Mato Grosso e Piauí, requerendo o desligamento e "providências" para desfiliação partidária dos peemedebistas que seguem no governo, mesmo após a decisão tomada pelo partido.

Na carta, Temer pede o desligamento dos ministros Eunício Oliveira, das Comunicações, e Amir Lando, da Previdência Social, e do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Carlos Bezerra, do diretor da Braspetro, Sérgio Machado, e do presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), João Henrique de Almeida Souza.

No ofício aos tribunais eleitorais, Michel Temer justifica sua atitude argumentando que os peemedebistas contrariaram publicamente a decisão tomada pelo partido, em convenção nacional, no último domingo, de afastamento do governo com a entrega dos cargos públicos. Conforme a carta, esses peemedebistas já declararam publicamente o "propósito de continuar integrando os quadros do governo federal, descumprindo, portanto, o decidido pelo órgão supremo do partido".

Recado político

O deputado Geddel Vieira Lima comemorou a decisão de Temer. Para ele, trata-se de uma demonstração política clara de que o PMDB não vincula o apoio ao governo em matérias importantes para o País a cargos. "O PMDB não pode ser visto como um partido que no final do mês passa no guichê do governo", disse Geddel.

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que entrou hoje no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com uma reclamação para tentar cancelar a convenção nacional do PMDB, criticou a decisão do presidente do partido, classificando-a de autoritária. "Temer se transformou no Saddam Hussein do PMDB", afirmou.




Fonte: Terra

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