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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quarta - 08 de Dezembro de 2004 às 22:13

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O ministro da Previdência Social, Amir Lando, disse hoje que a Executiva Nacional do PMDB não tem competência para pedir aos ministros do partido que entreguem os cargos. "Não há decisão neste momento. A convenção é que é competente para dizer das relações do partido com o governo", disse o ministro, ao ser questionado se deixaria o governo, para cumprir decisão da Executiva.

Lando disse que, neste momento, segue a orientação da sua bancada no Senado. "Os líderes da representação no Congresso já deram conhecimento, em nota oficial, que me parece a correta posição, que tem o compromisso com o País e, sobretudo, com a governabilidade", afirmou. Segundo ele, neste momento não há nada que o impeça de trabalhar. "Vamos trabalhar. Continuo trabalhando".

O ministro das Comunicações, Eunício de Oliveira, não se manifestou depois da decisão da Executiva. Ele também não compareceu à reunião de hoje que decidiu manter a convenção nacional do partido para o próximo domingo e, ainda, deu um ultimato para que os ministros deixem o governo até sexta-feira, às 13h. Se isso ocorrer, a convenção poderá ser adiada para o dia 2 de março.

O líder da bancada no Senado, Renan Calheiros (AL), e o líder do partido na Câmara, José Borba (PR), publicaram uma nota hoje afirmando que são contrários à convenção de domingo, dia 12, e à decisão da Executiva que condicinou o adiamento da reunião à saída dos ministros do governo.

"Nós não vamos participar desta convenção porque esta convenção divide o PMDB irreversivelmente, nós temos é que trabalhar para unificar", disse Calheiros, para quem "não há sobre a mesa ainda uma proposta que una o partido". Os parlamentares têm o apoio de 46 dos 76 deputados do partido e de 20 dos 22 senadores.

Michel temer negou que haverá qualquer punição para os ministros ou outros funcionários públicos que exercem cargos de confiança ligados ao PMDB que não abandonarem o governo. No entanto, ele ressaltou que a Convenção será a instância máxima para decidir pelo rompimento com o governo. Temer disse ainda que o partido não quer romper com o governo e que pretende manter a governabilidade, mas sem ocupar postos. Segundo ele, a sigla quer seguir um caminho próprio visando às eleições presidenciais de 2006.

Lula garante governabilidade mesmo sem PMDB

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que a governabildade pode seguir sem a presença do PMDB na base do governo. Segundo ele, o governo precisa do Congresso Nacional para aprovar os projetos de interesse da sociedade.

Lula disse também respeitar a autonomia do partido, e prometeu que, apesar do clima eleitoral crescente, 2005 será "o ano do desenvolvimento econômico do Brasil". "Acho que nós temos que respeitar a autonomia dos partidos políticos", disse Lula a jornalistas em Cuzco (Peru), onde participara da 3ª Reunião de Presidentes da América do Sul. "Não cabe ao presidente da República e muito menos ao partido do presidente ficar fazendo ingerência para que tal partido tome tal posição. Vamos deixar que o PMDB aja do jeito que quiser e, na medida em que o governo precisar votar algo importante no Congresso Nacional, vai negociar, como é de hábito dentro da democracia mundial.", disse




Fonte: Agência Brasil

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