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Tecnologia
Quarta - 08 de Dezembro de 2004 às 13:43

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Um "blecaute informático", que aparentemente aconteceu devido a uma falha em um servidor da chancelaria argentina, onde estão registrados os sites locais, deixou milhões de argentinos sem Internet. A imprensa anunciou o desaparecimento, ontem, dos sites ".com.ar" durante um período de três a oito horas, segundo as diferentes versões dos jornais publicados hoje.

O que parece ser unanimidade é que o motivo foi uma falha em um dos servidores DNS (Domain Name System) da chancelaria, responsáveis pela conversão dos endereços da Internet escritos pelos usuários em um código numérico ou número IP, explica o jornal La Nación.

Os servidores DNS principais da Argentina são seis. Os dois primários estão na chancelaria, nos escritórios do Network Information Center (NIC), a entidade encarregada de controlar os domínios argentinos. Segundo Jorge Vilas, diretor do NIC, o que aconteceu ontem foi que "um dos servidores raiz teve uma falha que fez com que se corrompesse sua base de dados. Como os servidores DNS estão conectados em forma hierárquica, a informação falsa se propagou para o resto".

Depois de colocar em funcionamento Athea, o servidor principal que falhou, o NIC recomendou aos provedores de Internet locais que voltassem a atualizar seus próprios servidores DNS, ação que levou algumas horas.

O jornal Página 12 destaca que o "blecaute informático" revelou que o país não tem um plano de contingência para evitar esse tipo de problemas. O Clarín, por sua vez, disse que a chancelaria não identificou a origem da falha que, segundo especialistas citados por diferentes meios de comunicação, foi humana.

O fato pouco comum de o NIC funcionar na chancelaria e não no âmbito acadêmico ou como um organismo independente se deve ao fato de que o primeiro vínculo argentino com a Internet funcionou no Ministério das Relações Exteriores. Em 1987, a corporação encarregada de administrar os domínios (Icann) delegou à chancelaria a gestão dos domínios argentinos, diz o La Nación.





Fonte: EFE

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