Crescimento da economia em 2004 resultou da política firme do governo, diz consultor

O consultor Antoninho Marmo Trevisan, presidente da Trevisan, Auditoria, Consultoria e Educação, disse hoje que o crescimento da economia em 2004 resulta do cenário internacional favorável e da "política firme" do Ministério da Fazenda. "Mas é importante registrar que isto não se sustenta se não se retomar a queda na taxa de juros", enfatizou.

De acordo com o consultor, não há no país pressão inflacionária decorrente de aumento de demanda. "Não existiu aumento de massa salarial. A demanda que aumentou foi por conta dos empréstimos que as pessoas físicas estão podendo tomar em função do crédito consignado em folha", avaliou.

Trevisan disse também que "é explosiva" a combinação de juros altos com dólar em baixa. "Não há hipótese de você retomar o crescimento sustentado com taxa de juros maiores que a lucratividade das empresas. Nenhuma empresa em sã consciência faz investimentos com taxa de juros nesse patamar", afirmou.

Segundo o consultor, as empresas estão apenas ocupando sua capacidade ociosa. "Não há investimentos em prédios novos e plantas novas". Para ele, estimular os investimentos, ofertando recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é o maior desafio do governo para 2005. "Se o volume de capital fixo no Brasil não subir de 20% para pelo menos 25%, certamente teremos dificuldades", disse.