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Tecnologia
Quinta - 18 de Novembro de 2004 às 07:45

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Os estúdios de cinema de Hollywood abriram ontem (17) ações contra pessoas que trocam arquivos de vídeo online, cumprindo a promessa de punir usuários de computadores que, segundo os estúdios, violam leis de direitos autorais. As ações foram abertas em tribunais federais espalhados pelos Estados Unidos.

A abertura dos processos contra pessoas que copiam e trocam cópias ilegais de filmes e programas de televisão faz parte do amplo esforço lançado pelo principal grupo de lobby do cinema norte-americano para frear a pirataria online, que, segundo ela, custa bilhões de dólares anuais aos estúdios.

Um porta-voz da Associação de Produtores de Cinema dos EUA (MPAA) disse que as ações foram abertas em vários pontos dos EUA, mas se negou a dizer quantas ações foram.

No início deste mês, quando a MPAA anunciou que ia começar a mover ações individuais, a previsão ampla era que o número de ações ficaria na casa das centenas.

O setor do cinema identifica os usuários que partilham arquivos por seus endereços de Internet numéricos, porque uma decisão judicial anterior desobrigou os provedores de acesso à Internet de revelar os nomes de seus clientes.

A MPAA disse que a troca ilegal de arquivos pode custar às pessoas que forem consideradas culpadas do delito até US$ 30 mil em multas por cada filme trocado. A indústria musical já processou mais de 5 mil pessoas na tentativa de frear o download, a criação de cópias e a partilha ilegais de arquivos musicais online através de redes peer-to-peer, ou P2P.

A indústria do cinema demorou mais do que o setor musical a recorrer aos tribunais. Os filmes e programas de televisão exigem arquivos digitais muito grandes que requerem muito tempo para serem descarregados, e poucos consumidores dispõem em suas residências do hardware necessário de alta velocidade.

Entretanto, à medida que mais linhas telefônicas e a cabo de banda larga vão sendo instaladas em residências, a ameaça aumenta. A MPAA afirma que a cópia ilegal de DVDs e fitas de vídeo para venda nos mercados negros mundiais já lhe causa prejuízos superiores a 3,5 bilhões de dólares por ano.




Fonte: Reuters

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