Países da Otan aprovam plano de treinamento de forças do Iraque

Os países membros da Otan aprovaram nesta quarta-feira o plano operacional da missão de treinamento das forças iraquianas, e a meta é que comece a ser aplicado ainda em 2004, informaram fontes da Aliança Atlântica.

Com a aprovação do plano operacional, a organização poderá estabelecer a academia militar iraquiana nos arredores de Bagdá, na qual será ministrada a maior parte do treinamento de oficiais iraquianos.

A medida é tomada cinco meses depois de os líderes aliados decidirem em sua cúpula de Istambul, em junho, apoiar o Iraque em seus esforços por formar um exército que permita ao país tomar as rédeas de sua segurança.

O plano determina que entre 200 e 300 instrutores participarão da formação, mas os números finais, incluindo a força de proteção necessária, serão estipulados pelos aliados, que anunciarão suas contribuições em uma conferência entre os próximos dias 23 e 25 em Mons, ao sul de Bruxelas, disseram as fontes.

A missão de treinamento exigirá o envio de uma força de proteção da Otan, já que os instrutores se movimentarão fora da zona verde de segurança estabelecida em Bagdá quando entrar em funcionamento a academia militar iraquiana. Desde agosto há 66 instrutores que preparam membros do quartel-general iraquiano na zona verde de Bagdá.

Segundo as diretrizes políticas do plano, adotadas em setembro, a Otan será responsável pela proteção imediata de suas instalações e instrutores, enquanto a força multinacional dirigida pelos EUA estará encarregada da segurança das redondezas.

As fontes da Otan disseram que 16 dos 26 países aliados participarão da missão dentro do Iraque, enquanto os outros dez ajudarão no orçamento geral que financiará parte da missão, ou oferecerão treinamento no exterior.

O projeto passou por várias etapas desde setembro e chegou a ser alvo de emendas e negociações por parte dos países aliados, que, embora estivessem de acordo sobre o princípio geral de ajudar o Iraque, queriam se certificar em alguns casos de que suas tropas não seriam envolvidas nos problemas do país e queriam evitar interpretações negativas sobre a natureza da missão.