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Economia
Sexta - 29 de Outubro de 2004 às 20:46
Por: Rita Tavares

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São Paulo - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, negou que exista um dilema entre a condução da política monetária e uma meta de crescimento para o País. Segundo ele, a proposta de qualquer política monetária é permitir o desenvolvimento econômico.

A partir de dados estatísticos de alguns países, como a China e Cingapura, Meirelles ponderou que já está provado que a estabilidade macroeconômica é precondição para o crescimento, embora muitas vezes não seja suficiente para um crescimento elevado.

Ao insistir na inexistência deste dilema, rechaçando o velho dilema entre monetaristas e desenvolvimentistas, Meirelles também atacou a proposta de que é possível tolerar um pouco de inflação para permitir o crescimento.

Necessidades

O presidente do Banco Central voltou a insistir também na necessidade de um ajuste fiscal e também de uma política externa comprometida com a redução da vulnerabilidade externa do País como pré-requisito para o crescimento. Nesse sentido, ele citou o sucesso atual da balança comercial brasileira. Nem mesmo uma possível desaceleração da economia da China deve ameaçar esse desempenho, de acordo com ele.

Já as vendas brasileiras para esse país correspondem a 6% do volume total, de acordo com os números referentes a 12 meses até o último mês de agosto. Meirelles, no entanto, disse que esses três fatores são necessários para o desenvolvimento, mas não são suficientes para aumentar o crescimento potencial do País.

Para isso, segundo ele, são necessários mais investimentos e a aprovação das reformas que estão em tramitação no Congresso Nacional. "A maneira de crescer não é desistir dessas reformas e inflacionar a economia", disse, insistindo em suas teses.




Fonte: Agência Estado

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