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Educação/Vestibular
Sexta - 22 de Outubro de 2004 às 19:08

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Cerca de 400 funcionários da educação pública do estado participam, neste instante, do lançamento da 'Campanha Salarial 2004' da categoria, em frente à Secretaria Estadual de Educação (Seduc). A informação é do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública de Mato Grosso (Sintep-MT).

'Também estão acontecendo manifestações, dos trabalhadores da educação, em frente às assessorias pedagógicas de todos os municípios do interior do estado', ressalta a presidente do Sintep-Cuiabá, Cida Cortez.

O lançamento da campanha salarial está sendo marcado pela paralisação das atividades nas escolas públicas do estado. O ato é uma tentativa de sensibilizar o governo para as perdas salariais acumuladas pela categoria desde 1990.

O Sintep calcula que os profissionais perderam 75,39% do poder de compra, em comparação ao salário praticado em janeiro daquele ano.

Como forma de recomposição imediata, o sindicato reivindica 18,33% de aumento, relativo às perdas acumuladas com a inflação de outubro de 2003 a setembro de 2004, segundo cálculos do INPC/IBGE.

Campanha

A paralisação dos trabalhadores termina amanhã. Não obstante, a campanha pelo reajuste salarial continua. Durante todo o mês de novembro, o Sintep realizará encontros nas 15 cidades pólos do estado para esclarecer aos trabalhadores da educação os itens da 'Campanha Salarial 2004'.

Em seguida, nos dias 4 e 5 de dezembro, será realizada a reunião ordinária do Conselho de Representantes do Sintep - instância com autonômia para deliberar as próximas ações do sindicato.

'Durante está reunião serão estabelecidos os próximos atos públicos em prol da Campanha Salarial 2004. Também decidiremos se o sindicato irá tomar alguma medida drástica, como a greve por tempo indeterminado, ou continuar as negociações com o governo', esclarece Cida Cortez.

Greve

A última greve realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública de Mato Grosso foi em março deste ano. Na ocasião, a categoria conseguiu 7,67% de recomposição salarial para todas as classes filiadas ao sindicato - professores, técnicos administrativos, funcionários, aposentados, interinos, entre outros.

Já os professores que atuam em sala de aula receberam, ainda, um abono de 12%, como forma de insentivo à docência. Entretanto, o Sintep posicionou-se contra o abono, por entender que ele pode ser 'retirado' pelo governo a qualquer momento, já que não é incorporado ao salário.

'Nós queremos um aumento ''real'' e não um insentivo, sem qualquer tipo de garantia, que pode o governo pode retirar quando bem entender', argumenta a presidente do Sintep-Cuiabá.

O sindicato também demonstrou insatisfação quanto ao fato de o governo privilegiar uma categoria da Educação em detrimento das outras. 'Queremos aumento linear para todos os setores da Educação Pública, como prevê a Lei de Cargos, Carreira e Salários', defende Cida Cortez.

Lei

A Lei de Cargos, Carreira e Salários (CCS) dos profissionais da educação pública foi aprovada pelo Congresso Nacional em 1998. De acordo com a medida, o governo fica comprometido a rever o salário da categoria a cada 12 meses.

'Pela Lei, teriamos direito ao reajuste todo dia 1 de Outubro de cada ano. Mas, isto não vêm sendo cumprido', lamenta a presidente do Sintep-Cuiabá.




Fonte: RMT online

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