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Economia
Quinta - 21 de Outubro de 2004 às 09:05

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O setor de colheitadeiras, tratores e implementos agrícolas no Nortão vem enfrentando uma crise que já dura cerca de 60 dias. A falta de recursos disponíveis aos produtores aliada a baixa no preço da soja, por exemplo, vêm ocasionando prejuízos significativos para o setor de máquinas e implementos agrícolas, causando reflexos em outros segmentos do comércio. Indústrias e revendas registraram uma queda considerável nas vendas desta safra em comparação ao mesmo período do ano passado. A situação é predominante em todo o Brasil e parece desanimar não só os revendedores destes equipamentos, mas também os produtores. Outra conseqüência é a queda no preço da soja.

Na região Norte de Mato Grosso a história não é diferente. Segundo o proprietário de uma revendedora em Sinop especializada em implementos agrícolas – Jaime Luiz Demarchi, as vendas diminuíram em torno de 15 a 20% neste ano, forçando a revenda a fazer um levantamento para as indústrias relatando a situação, pois os materiais que haviam sido pedidos para entregar agora estão sendo cancelados pelos clientes. “Tínhamos encomendadas 30 semeadeiras e só conseguidos vender 18. Das 20 plantadeiras solicitadas entregamos apenas 14. E dos 18 pulverizadores que seriam comercializados só conseguimos vender 12”, relatou. Jaime atribui esta situação a queda no preço dos produtos agrícolas, falta de apoio do governo, e a demora para a liberação dos financiamentos devido a ineficiência dos bancos que entraram em greve.

O gerente comercial de uma concessionária de colheitadeiras e tratores em Sinop Luiz Alberto Garcia, afirma que a queda na venda foi de aproximadamente 25%. Segundo ele, até o momento foram comercializadas 250 máquinas nas sete lojas espalhadas pelo Nortão e a tendência é que estes números não cresçam, pois o plantio já está em andamento. “No ano passado a nossa venda foi bem maior, mas por causa de diversos fatores que atrapalham o mercado atualmente tivemos esta grande redução”, enfatizou.

Mas, a queda parece não ter atingido todas as empresas da região. O gerente de uma concessionária de implementos - com lojas em três municípios – Almir Hijaz, avalia que as vendas não caíram e se apresentaram até mais expressivas do que o mesmo período do ano passado. Foram comercializados 40 tratores e 35 pulverizadores. Conforme Hijaz, a explicação pode ser porque a revenda está completando o segundo ano de atividades em Sinop e a tendência é sempre de crescimento. Porém, ele reconhece “mesmo estando em uma região privilegiada como a nossa o mercado tende a passar por dificuldades se continuar neste rumo”, avaliou.




Fonte: Só Notícias

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