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Educação/Vestibular
Segunda - 18 de Outubro de 2004 às 16:29
Por: MARA CARNEVALE

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Desta vez, 60 professores de Cuiabá estão sendo capacitados para trabalharem com crianças surdas.

Com a finalidade de capacitar os profissionais da rede estadual no ensino de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para trabalhar com crianças surdas, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), deu início nesta segunda-feira (18.10) à "Oficina III - Dificuldade de Comunicação e Sinalização - Surdez", no Hotel Fazenda Mato Grosso.

A oficina, que acontecerá até a próxima sexta-feira (22.10), está sendo destinada a 60 professores de Cuiabá que trabalham em salas de recurso e especial, além dos Centros de Apoio de Atendimento ao Deficiente Auditivo Professora Arlete Pereira Migueletti, e o Centro Auditivo Maria Luiza Pimenta.

O curso está sendo ministrado pelo professor e especialista na área de surdez, Marco Antônio Arriens, de Curitiba (PR). De acordo com ele, o curso aborda introdução, interpretação de texto, versão e tradução oral de Libras para português e inclusão social.

Para o professor, o Brasil está no seu melhor momento lingüístico e inclusivo para surdez, à frente de outros países da América Latina. "A nossa evolução está sendo rápida, pois temos uma linguagem corporal mais resolvida que outros países. O bilingüismo está chegando com força total, mais rapidamente que em outros países".

Os professores participaram das Oficinas I e II no ano passado, nas quais foram discutidos temas como os surdos adultos nas escolas especiais e a educação oral - convivência clínica da surdez. Marco Antônio explica que com o domínio da linguagem oral e de sinais, os surdos serão menos discriminados, mais integrados à sociedade e, conseqüentemente, terão maiores possibilidades de ascensão sócio-profissional.

Para o líder da equipe de Educação Especial da Seduc, Marcino Benedito de Oliveira, esta oficina proporcionará momentos de vivência dentro da estrutura da Língua de Sinais e capacitará esses professores para atender de verdade as necessidades dos alunos. "Essas crianças necessitam de um atendimento mais eficaz para a verdadeira inclusão social".

NORMA - Em 2003, a Secretaria criou a Instrução Normativa nº 05, que determina que todas as escolas estaduais de Educação Especial e centros especializados que atendem alunos com deficiência auditiva devam manter um instrutor surdo por período, com capacitação e experiência comprovada. O objetivo desta portaria é atender um número maior de crianças portadoras de deficiência auditiva e colocar novos instrutores no mercado de trabalho.

Segundo a pesquisa do Ministério da Educação (MEC) o número de alunos matriculados com necessidades especiais no Brasil em 1996 era de 201.142. Em 2003, este número subiu para 500.375, sendo que deste total, 56.024 têm deficiência auditiva. O maior número é de deficiência mental com 251.506 matrículas.

Em Mato Grosso, cerca de 79% dos portadores de necessidades educacionais especiais já estão sendo atendidos pela rede pública de ensino. Somente neste ano, os investimentos do governo, ultrapassam R$ 6,5 milhões em convênios com instituições filantrópicas e capacitação de profissionais.




Fonte: Seduc-MT

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