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Economia
Segunda - 18 de Outubro de 2004 às 16:27

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A greve dos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) que entra na terceira semana está causando dores de cabeça para muitos empresários em Sinop. A maioria já tem mais ATPFs (Autorização para Transporte de Produtos Florestais) e quem ainda tem algum jogo não terá por muito tempo como é o caso da empresária Teresinha Tomelin, diretora da Madenorte. Segundo ela, as poucas guias que ainda restam são suficientes para um ou dois dias de trabalho. “Se vender alguma coisa hoje acaba hoje mesmo. Estamos sem guias”, assegurou.

A empresária destacou que a situação só não está pior, pois as vendas caíram nos últimos dias e muito pouco está sendo comercializado. Teresinha lembrou que os fornecedores de lâminas estão sem guias e não há mais estoque para manter a produção. “Algumas bitolas não tenho mais e o que tenho está sendo usado não sei se dará por muito tempo de produção se a greve acabar logo o problema se resolve mas se durar por muito mais tempo não sei o que será de nós”, ressaltou.

Teresinha disse que os problemas da greve serão refletidos, principalmente de janeiro a abril de 2005 já que com o início do período chuvoso a retirada de toras nas florestas se torna impossível. “Se agora não está dando para retirar as toras, pois não tem ATPF de entrada, imagine quando a chuva começar pra valer. É preciso que a greve termine logo ´pois temos somente até novembro para retirar as toras e se preparar para o período chuvoso e manter a produção”, destacou.

A situação não é diferente na empresa onde Zuleica Becker trabalha. Ela é a responsável pela compra de matéria prima e disse que a empresa só não parou por foi “salva pelo gongo”. “Um dia antes de a greve começar, pegamos alguns jogos e o que tem dá para mais ou menos duas semanas de trabalho”, calculou. “Mas a situação na filial em Claudia já começa a preocupar, pois lá o que tem dá para 3 dias só”, completou.

Segundo ela, caso a greve dure por muito tempo, não haverá matéria em estoque para manter a produtividade durante o período chuvoso quando a retirada das toras é impossível. “Como não temos mais guias de entrada não estamos retirando as toras. A saída foi usar o que começou a ser estocado para as chuvas mas se demorar muito não haverá estoque para a chuvarada, pois estamos usando o estoque agora e não haverá tempo para repor”, ressaltou.

A greve em Sinop começou no dia 4 deste mês enquanto em muitos Estados a paralisação começou no final de setembro. Agora à tarde os servidores farão uma assembléia para discutir o movimento mas garantem que vão seguir as instruções do comando nacional de greve.




Fonte: Só Notícias

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