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Meio Ambiente
Sexta - 15 de Outubro de 2004 às 10:31

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Representantes de governos, técnicos e ambientalistas brasileiros, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai estão reunidos em Foz do Iguaçu para discutir sobre uma das maiores reservas de água doce do planeta, o Aqüífero Guarani. Ao fazer a abertura oficial do Seminário Internacional Aqüífero Guarani, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, afirmou ontem (15) que a população brasileira precisa saber da importância do Aqüífero, semelhante a uma enorme caixa d´água subterrânea.

O encontro termina nesta sexta-feira e, nesses dois dias, estão sendo estudadas estratégias de uso e de controle social do Aqüífero. O evento é organizado pela Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e da Itaipu Binacional.

Participaram da abertura o presidente Pro-Tempore da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, o deputado federal Dr Rosinha, o presidente da CPC do Uruguai, Ronald Pais, o deputado paraguaio Daniel Rojas, além de técnicos e ambientalistas.

De acordo com o deputado Dr Rosinha, a idéia de promover o seminário surgiu ano passado em Montevidéu, quando um requerimento foi apresentado na reunião da Comissão Parlamentar do Mercosul. “Sugeri que o evento fosse realizado em Foz pelo o que representa a cidade”, explica. Segundo ele, a oportunidade é importante principalmente porque os representantes dos quatro países discutirão os critérios do protocolo sobre água subterrânea, que deverá ser assinado em dezembro.

O primeiro painel de discussões do seminário foi sobre a “Natureza do Aquífero Guarani”. O especialista Ernani Francisco da Rosa falou sobre a estrutura geológica do manancial. Rosa apresentou as principais características físicas do Aqüífero como, por exemplo, o tipo de água encontrada no reservatório. Segundo ele, nem toda água retirada do manancial pode ser consumida.

Já o embaixador do Paraguai, Luis Ramires Boettner, abordou o aspecto político do Aqüífero Guarani, que divide-se em propriedade, conservação e uso. Tudo isso, segundo ele, deve estar em harmonia perante os países que têm direito de explorar o Aqüífero Guarani. “O uso da água deve ser regulado para que nenhum dos proprietários do manancial seja prejudicado. Por isso, o marco político se faz necessário”, acredita.

O Aqüífero Guarani tem uma área aproximada de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, localizado nos territórios da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Do total dessa área, 71% estão no Brasil, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

A preocupação com o uso crescente e indiscriminado e com a possível poluição de toda essa água levou os governos dos quatro países a discutir um projeto de gerenciamento comum e conjunto, para garantir a preservação do reservatório.




Fonte: Agência Brasil

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