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Saúde
Terça - 12 de Outubro de 2004 às 16:27

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A fome na África pode piorar a não ser que sejam tomadas ações para frear a epidemia de HIV/Aids no continente, informou uma autoridade da ONU. "A não ser que urgentes intervenções sejam feitas, a epidemia pode causar uma queda constante da produção agrícola que poderá eclodir a fome em países africanos", anunciou na Etiópia Peter Piot, diretor-executivo do programa das Nações Unidas para o combate da Aids (Unaids).

A Aids matou cerca de 2,2 milhões de africanos em 2003 e outras três milhões podem ter contraído o HIV, elevando o número de infectados com HIV/Aids para cerca de 25 milhões de pessoas no continente. Em um relatório divulgado nesta terça-feira, a Comissão Econômica da ONU para a África detalhou a devastação imposta pela doença no mais pobre continente do mundo.

Em Malawi, aproximadamente um quarto dos funcionários públicos civis morreram ou estão seriamente doentes por causa do HIV. Professores primários da Zâmbia estão morrendo numa velocidade maior que a capacidade anual dos cursos de magistério. Na província sul-africana de KwaZulu-Natal, cerca de 68 mil dos 75 mil professores estarão fora do sistema de ensino até 2010 devido à Aids.

No Quênia, cerca de 75% das mortes na força policial estão ligadas à Aids, informa o relatório. No norte de Zâmbia, que está relativamente livre da aridez africana, a doença abalou profundamente a produção de alimentos.




Fonte: Reuters

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