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Educação/Vestibular
Sexta - 08 de Outubro de 2004 às 15:45

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Documentos entregues ontem pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ao juiz Julier Sebastião da Silva mostram que a concessão da Rádio Cuiabana FM está em nome do Grupo JAR, de João Arcanjo Ribeiro. A Cuiabana está instalada no mesmo prédio (Bairro Boa Esperança) onde funcionava a Rádio Club FM, que passará a operar como Educativa, tendo a UFMT como fiel depositária. A Club FM, pertencente a Arcanjo, teve a outorga revogada em agosto do ano passado pelo Ministério das Comunicações em atenção a Solicitação do Ministério Público Federal, que alegou “falta de idoneidade do proprietário”. Em dezembro, foi decretado o perdimento da rádio em favor da União. A Cuiabana FM continuou a operar porque na época a informação era que a concessão estava em nome de terceiros não relacionados a Arcanjo ou a seu grupo.

A UFMT, que no dia 17 de junho pediu à Justiça para ser nomeada como fiel depositária da emissora, foi autorizada anteontem pelo juiz Julier a utilizar o local e os equipamentos. “Na quarta-feira eu telefonei para o juiz informando sobre o relatório das condições da Rádio Club e colocando algumas considerações. Não podemos assumir a Rádio Club e depender da infra-estrutura de uma outra rádio [Rádio Cuiabana] para poder funcionar. Precisamos equacionar o uso dessa estrutura e agora vamos aguardar a manifestação do juiz”, disse ontem o reitor da UFMT, professor Paulo Speller, que ainda não havia recebido o despacho com a decisão do juiz. Junto ao relatório enviado à Secretaria da 1ª Vara, Speller anexou uma cópia da concessão da Rádio Cuiabana.

O relatório entregue pela UFMT foi elaborado por uma comissão integrada por técnicos nomeados pelo reitor a pedido de Julier. Desde que a UFMT manifestou o interesse de ser nomeada como fiel depositária, foram feitas duas vistorias na Rádio Club FM. A última ocorreu no dia 8 de setembro, quando acompanhados do oficial de Justiça Edson Paiva estiveram vistoriando o prédio o supervisor de rádio, jornalista Nivaldo Queiroz (na área de radiodifusão), o engenheiro civil Roberto Hurtado Torres e o engenheiro eletricista Alcides Teixeira da Silva. Eles percorreram as instalações, medindo a área e verificando as condições dos equipamentos. O transmissor foi lacrado em agosto do ano passado por técnicos da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

“Levou um mês para preparar o relatório porque não havia projetos tanto da área física como da parte elétrica. A Rádio Club funcionava em conjunto com a Rádio Cuiabana e não tinha um estúdio próprio. Tudo foi fotografado e anexado ao relatório”, disse ontem o supervisor da rádio, Nivaldo Queiroz, que foi nomeado em abril pelo reitor. Segundo Nivaldo, existe ainda muito trabalho pela frente. Além da adequação da estrutura física, definição do quadro funcional (para algumas funções se houver necessidade pode haver concurso), os equipamentos precisam ser submetidos a testes pois estão sem operar há mais de um ano. “Técnicos da Anatel terão que avaliar as condições dos equipamentos e transmissor que foram lacrados em agosto do ano passado. O alvará na prefeitura também terá que ser reativado”, disse Queiroz.




Fonte: Diário de Cuiabá

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