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Internacional
Sexta - 01 de Outubro de 2004 às 14:44

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Forças lideradas pelos Estados Unidos no Iraque lançaram um grande ataque na madrugada desta sexta-feira em Samarra, cidade ao norte de Bagdá apontada como reduto de militantes rebeldes.

Funcionários de hospitais da região afirmam que pelo menos 80 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridos, mas as autoridades militares americanas dizem que mais de cem militantes foram mortos.

Há muitos civis entre os mortos. Moradores da cidade disseram que tiveram de se esconder dentro de suas casas enquanto os americanos avançavam tomando cada rua de Samarra.

Várias casas foram destruídas em bombardeios aéreos e o fornecimento de água e luz foi cortado em vários bairros.

Um operário de construção turco que era refém de rebeldes na cidade foi libertado durante a ofensiva.

De acordo com os militares americanos, as forças tomaram o controle da sede do governo e da polícia.

Reduto rebelde

O ataque das tropas americanas e iraquianas tinha como alvo 2 mil rebeldes que teriam passado a usar Samarra como base de seus ataques em todo o país.

A ofensiva foi programada em resposta "aos repetidos e provocativos ataques de forças anti-iraquianas", diz o comunicado distribuído pelos militares americanos.

Caroline Hawley, correspondente da BBC em Bagdá, afirma que, com eleições previstas em menos de quatro meses, o governo interino iraquiano fala em retomar o controle das partes do país nas mãos dos rebeldes nas próximas semanas.

Segundo ela, Samarra poderia ser o início de uma ampla ofensiva.

O comunicado afirma ainda que os ataques rebeldes e atos de intimidação contra a população de Samarra deterioram as condições de segurança na cidade.

As forças americanas já tinham entrado em Samarra no início de setembro, devido aos freqüentes ataques de rebeldes na região.

Os militares americanos disseram ainda que pretendem manter Samarra e outras cidades com forte influência de rebeldes sob controle, criando condições adequadas para as eleições planejadas para janeiro.

As autoridades da coalizão liderada pelos Estados Unidos não revelaram o número de militares envolvidos na ofensiva.




Fonte: BBC Brasil

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