Falta de infra-estrutura pode impedir exportador de embarcar produtos, diz dirigente da AEB

Por causa da situação da infra-estrutura no país, os exportadores correm o risco de não ter como honrar os compromissos com os importadores em 2005, deixando de embarcar 410 milhões de toneladas de produtos. Essa previsão de exportações representa acréscimo de 40 milhões de toneladas sobre o total a ser embarcado neste ano. A previsão é do vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior, José Augusto de Castro.

Para ele, o país não tem estrutura para atender essa demanda. “Tem um grande risco de simplesmente eu ter o produto, ter eventualmente vendido o produto e não conseguir entregar para o meu importador, o que vai fazer com que os importadores possam desviar compras do que é feito no Brasil seja para a Argentina, para os Estados Unidos, na área de soja e de minérios”, disse Castro.

Depois da infra-estrutura, o principal entrave ao aumento das exportações do Brasil é o custo, ou seja, a taxa de juros. Castro disse que as empresas"vão pensar duas vezes" para investir, diante da taxa de juros. "Porque a decisão de investir hoje se materializa daqui a seis meses ou um ano e fica pronta daqui a dois anos”, explicou.