Terroristas libertam três mulheres com bebês

Foram libertadas hoje três mulheres e seus bebês que estavam entre os mais de 350 reféns mantidos desde ontem em uma escola na república russa da Ossétia do Norte por um grupo armado. Ainda não há um acordo para a libertação para todos os seqüestrados.

Um pouco antes, duas explosões foram ouvidas nas proximidades da escola da cidade de Beslan, enquanto uma nuvem de fumaça se elevou pouco depois. Segundo um fotógrafo da AFP, a fumaça era de um veículo em chamas não distante da escola ocupada. A área ao redor da escola está com o acesso restrito pelas forças de segurança.

Hoje o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a segurança dos reféns mantidos em escola há mais de 24 horas estava acima de qualquer coisa. "Nossa principal missão é salvar a vida dos reféns", disse ele durante um pronunciamento televisionado no Kremlin. O uso de todo recurso à força foi descartado pelas forças de segurança.

"Todas as ações de nossas forças, que estão trabalhando para libertar os reféns, serão destinadas a resolver essa questão", afirmou o presidente hoje. Putin descreveu a tomada da escola no sul do país como "terrível, porque entre os reféns há crianças" e porque poderia abalar o delicado equilíbrio de religiões e grupos nacionais na região do Cáucaso.

O grupo armado promete matar 50 crianças para cada um dos seus combatentes que forem mortos na escola na cidade de Beslan, na república russa da Ossétia do Norte. O local está todo minado e os terroristas usam cintos com explosivos. Ontem, as crianças foram colocadas nas janelas do prédio para servirem de escudo. Os militantes fizeram cerca de 350 crianças, pais e professores reféns na manhã de ontem, no primeiro dia do ano letivo.

O grupo armado exige a retirada das tropas russas da Chechênia e o fim das ações militares nessa república. Nenhum grupo rebelde da Chechênia assumiu a autoria do seqüestro até o momento.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou ontem firmemente o seqüestro e exigiu a libertação imediata dos reféns em reunião emergencial convocada para tratar sobre a onda de ataques terroristas que afeta a Rússia nos últimos dias.

A opinião pública teme a repetição do massacre de cerca de 120 pessoas na invasão de um teatro de Dubrovka ocorrida em outubro de 2002.