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Tecnologia
Quinta - 19 de Agosto de 2004 às 20:42
Por: Fabiana Uchinaka e Leonardo St

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A iniciativa do Ministério de Ciência e Tecnologia, de disponibilizar gratuitamente pela internet o catálogo de imagens dos satélites CBERS (sigla em inglês para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), provocou uma demanda que “superou a mais otimista das expectativas”. A informação foi dada hoje pelo pesquisador da Divisão de Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), José Carlos Neves Epiphanio, durante o Fórum Nacional de Política Espacial, realizado no 10º Show Internacional de Geotecnologias.

Aberto ao público em 20 de abril, sem grande divulgação, o site (www.obt.inpe.br/catalogo) já conta com 3,8 mil usuários cadastrados. Neste período, mais de 20 mil cenas feitas pelo satélite CBERS 1 foram distribuídas, atendendo a aproximadamente 6 mil solicitantes – o que representa uma média de 250 cenas por dia útil. Antes da liberação, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) comercializava entre 1 mil e 1,5 mil imagens do satélite americano Landsat a cada ano.

Com o novo satélite, CBERS 2, lançado no ano passado, o Inpe acredita que a busca pelas fotos vai aumentar. “Nossa base de dados deverá aumentar brutalmente, com benefícios inequívocos para todo o segmento de sensoriamento remoto e tecnologias associadas. Além disso, muitos empregos, serviços e oportunidade serão criados”, Epiphanio. Para ele, a iniciativa “torna irreversível a continuidade do Programa Espacial e urgente seu fortalecimento”.

O diretor de política espacial e investimentos estratégicos da Agência Espacial Brasileira (AEB), Himilcon de Castro Carvalho, explica que a idéia é ir além do público que já utiliza esse recurso e democratizar ao máximo a utilização do sensoriamento remoto no Brasil. “Com essa iniciativa, as imagens passarão a ser tratadas como bem público do país e a sociedade poderá usufruir desse programa considerado caríssimo”, diz. “É preciso aproximar a sociedade do programa espacial e facilitar o acesso aos dados, porque este é um programa nacional feito com investimento público e, portanto, deve trazer retornos aos cidadãos”, completa.

Atualmente, entre os principais usuários do sistema de busca estão universidades, secretarias, órgãos públicos, organizações não-governamentais, prefeituras, empresas de consultoria, jornais, setor hoteleiro, empresas de geologia, agricultura, engenharia, propaganda e marketing, cidadãos e estudantes.




Fonte: Agência Brasil

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