Banco Mundial poderá investir na preservação do meio-ambiente em MT

O Estado de Mato Grosso poderá receber investimentos do Banco Mundial para o desenvolvimento projetos de preservação do meio ambiente. Este foi um dos assuntos discutido na reunião desta terça-feira (08.06), no Palácio Paiaguás, entre diretores do Banco Mundial, governador Blairo Maggi, secretários de Estado e presidentes de autarquias. “Ficou perfeitamente entendido que o governador Blairo Maggi quer fazer o desenvolvimento do Estado de forma correta e socialmente justa”, resumiu o secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos, Cloves Vetoratto, que participou da reunião.

Durante mais de cinco horas, os secretários e o Governador fizeram uma apresentação do Estado, dos projetos que o Governo está realizando em cada área, das ações voltadas para a geração de renda e desenvolvimento social. “Nos próximos dias serão trocadas algumas correspondências identificando áreas em que o Banco Mundial e o Estado poderão atuar juntos. Não só na questão ambiental como também na educação, saúde, agricultura familiar, microcrédito, ciência e tecnologia”, informou o secretário Cloves Vetoratto.

Participaram da reunião o vice-presidente do Banco Mundial, Vinod Thomas, diretor Wolfgang Bertelsmeyer; coordenador de Desenvolvimento Sócio-Ambiental Sustentável, Gabriel Azevedo; coordenadora de Desenvolvimento Social, Madalena dos Santos, e coordenador da Área de Saneamento, Martin Gambrill. Pela manhã também esteve presente na discussão o representante do International Finance Corporation (IFC), Wolfgang Berstelmeier, órgão considerado o braço financeiro do Banco Mundial para investimento na iniciativa privada.



O Estado apresentou aos representantes do Banco Mundial as políticas que estão sendo desenvolvidas em relação à preservação do meio ambiente. “O Governo colocou a firme disposição de trabalhar dentro da legalidade, coibindo tudo que a legislação não permitir, mas ponderou também que o Estado possui recursos limitados para exercer a fiscalização e reduzir as ilegalidades ambientais”, explicou Vetoratto. O governador Blairo Maggi falou sobre as dificuldades que se tem em ter dois órgãos ambientais, Fema e Ibama, atuando na mesma área, como por exemplo, na autorização de desmate de terras. “Ele disse que deseja ter do Governo Federal uma decisão de quem é quem nesse processo, ou um ou outro assume a responsabilidade nesse sentido”, disse Vetoratto.

Diante desse quadro, no caso do Governo Federal atribuir toda responsabilidade de gestão ambiental ao Estado, Maggi pediu apoio do Banco Mundial para investimentos na estrutura de fiscalização. “Uma vez que Mato Grosso é o único Estado que possui sistema de monitoramento por satélite”, disse o secretário, sobre a estrutura que o Estado já dispõe para fiscalização do desmatamento. “Não se chegou à definição de ações efetivas que serão tomadas. O Banco Mundial pediu prazo para apresentar propostas de apoio nesse sentido”, disse.

O Governo ressaltou, na reunião, que dentro do quadro atual, descontando as reservas legais, áreas indígenas e parques estaduais, o Estado poderá ocupar até 40% do seu território para o desenvolvimento de atividades econômicas. Como Mato Grosso já tem aberto 32% desse total, restam ainda 7 milhões de hectares para serem explorados economicamente, ficando dessa forma 60% do seu território preservado.

INVESTIMENTOS - De acordo com o secretário Cloves Vetoratto o vice-presidente do Banco Mundial saiu da reunião com disposição de ser parceiro do Governo de Mato Grosso em diversas áreas de investimentos. “Serão realizadas novas reuniões e trocas de informações, visando à formação de um programa de apoio ao Estado de MT, contemplando ações de curto, médio e longo prazo”, afirmou.

Além do secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos, participaram da reunião os secretários Flávia Nogueira (Ciência e Tecnologia), Ana Carla Muniz (Eduação), Marcos Machado (Saúde), Yenês Magalhães (Planejamento), Terezinha Maggi (Trabalho, Emprego e Cidadania), Geraldo De Vitto (Administração), Jair Mariano (Intermat), Aréssio Paquer (Empaer).