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Internacional
Quinta - 22 de Abril de 2004 às 12:34

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Genebra, Suíça - Cuba decidiu evitar um duelo frontal com os Estados Unidos e retirou um projeto de resolução junto à Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas que pedia uma investigação sobre o tratamento de suspeitos de atos de terrorismo presos na base naval de Guantánamo.

O embaixador cubano Jorge Mora Godoy, representante do país na Comissão, citou “ameaças e chantagens” dos Estados Unidos para justificar a decisão de não pedir a votação da moção, que denunciava a existência de abusos contra os direitos humanos dos presos na base de Guantánamo, um enclave americano na ilha de Cuba.

Diplomatas ocidentais disseram que o governo de Havana muito provavelmente temia que a Comissão de Direitos Humanos da ONU não condenaria os Estados Unidos sobre a detenção de mais de 600 pessoas de 44 países na base naval.

O embaixador cubano acusou os Estados Unidos de influenciar os governos das nações representadas na Comissão (são 53 países) para garantir o fracasso da resolução cubana. “É tangível o medo de países ocidentais e de alguns latino-americanos de enfrentar com dignidade as práticas facistas da administração americana com receio de receber reprimendas e retaliações”, disse.




Fonte: AE - AP

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