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Nacional
Quarta - 14 de Abril de 2004 às 18:57
Por: Ricardo Mignone

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O colégio nacional de secretários da Segurança Pública entregou nesta quarta-feira ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, moção de solidariedade ao secretário de Segurança do Rio, Anthony Garotinho.

"O colegiado resolve prestar solidariedade ao secretário de Segurança do Rio solicitando que o senhor ministro da Justiça preste todo o apoio técnico e operacional necessário dentro da ordem institucional e democrática para superar as atuais dificuldades, sendo imprescindível o tratamento exclusivamente profissional da questão."

O documento é assinado pelos secretários do Rio Grande do Sul, Amazonas, Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Santa Catarina, Minas, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Roraima, Sergipe, Tocantins e Pará (representado pelo secretário especial de Defesa Social, Manoel Santino).

Forças Armadas

Garotinho disse na terça-feira que, atendendo a uma "oferta" do governo federal, o Estado vai "aceitar" o envio de 4.000 homens das Forças Armadas para cercar e ocupar as principais favelas do Rio.

À noite, Bastos rechaçou a idéia e disse que, nos termos pedidos por Garotinho, a proposta "é manifestamente inatendível" e que as Forças Armadas não são "instrumento prêt-à-porter" (pronto para usar) que se possa pegar e levar sob a direção de autoridades estaduais.

A discussão sobre a "oferta" começou depois que o Ministério da Justiça informou que não descartaria o envio de tropas para ajudar a conter a violência no Rio. Garotinho soube da informação pela imprensa e passou a classificar a manifestação de Bastos como uma oferta de envio de militares ao Estado.

Se o governo rejeitar o envio de tropas, Garotinho acredita que o ônus deve recair sobre o Planalto.

Documento

Em reunião nesta terça com o secretário nacional da Segurança, Luiz Fernando Corrêa, no Rio, Garotinho leu um documento, que será entregue ao governo federal, em que diz: "O governo do Estado do Rio de Janeiro decide aceitar a oferta de apoio da União, na cessão de parcela de suas forças militares, como forma de dividir responsabilidades no âmbito da segurança pública estadual".

No texto, Garotinho lista oito "áreas de conflito" da cidade nas quais os militares atuariam: Borel, complexo do Alemão, complexo de São Carlos, Dendê, Jacarezinho, Mangueira, complexo da Maré e Metral.

Corrêa disse que a possibilidade de atuação dos militares no Rio é "mínima".




Fonte: Folha Online

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