Mãe é suspeita de introduzir drogas em bebê

A Polícia argentina investiga se as lesões vaginais e anais sofridas por uma menina de quatro meses e que são atribuídas a um estupro foram causadas pela própria mãe, que usava o corpo do bebê para guardar droga.

Os jornais de Buenos Aires publicam hoje esta hipótese, que torna ainda pior um caso que ocorreu na localidade portenha de San Pedro no domingo passado e comoveu a opinião pública pela pouca idade da vítima.

A mãe da menina, Natalia Juárez, de 19 anos, está detida desde o dia em que o bebê, chamada Brisa, foi encontrado em um poço perto de sua casa com marcas de violação, porque se contradisse em sua versão dos fatos à Polícia.

Enquanto a Polícia buscava sem êxito o estuprador, Brisa foi internada em estado grave e teve que ser submetida a uma cirurgia para reconstruir as áreas danificadas pela suposta violação.

Agora, fontes policiais disseram que as lesões podem ter sido causadas pela mãe de Brisa ao tentar introduzir drogas dentro do corpo de sua filha. A hipótese com a qual se trabalha é que a menina era utilizada como "mula" ou correio para colocar droga em uma prisão onde seu pai está preso.

Nesse dia, a mãe introduziu mais quantidade de droga do que o habitual e lesou os órgãos genital e anal, por isso Brisa começou a sangrar, disseram fontes policiais. "Sua mãe achou que ia morrer e decidiu jogá-la no poço", disse um investigador.

A suspeita surgiu por causa do depoimento de algumas testemunhas, que relataram o que ocorreu no dia em que a menina foi encontrada no poço. Além da mãe de Brisa, está detido Omar Gómez, padrinho da menina, que pode ser quem levou a droga a Natalia Juárez, e uma cunhada dela.