Militar emagrece mais de 15 quilos em dois meses após provocações Diante de algum teste, colegas diziam: 'gordinho, será que você consegue?'. Sérgio Adriano da Silva saiu dos 92 kg para os 76 kg; hoje ele pesa 79 kg.

O pernambucano Sérgio Adriano Caetano da Silva, de 23 anos, é militar. Seria quase natural imaginar que sendo jovem e militar, ele teria um corpo atlético. Pois Sérgio sempre foi gordinho, desde pequeno, e vem de uma família – tanto materna, quanto paterna – com histórico de obesidade. A situação ficou ainda pior quando, depois de uma cirurgia, ele, que mora em Niterói, no Rio de Janeiro, passou 20 dias na casa dos pais, em Nazaré da Mata (PE). “Foram 20 dias só comendo do bom e do melhor, sem fazer nenhuma atividade física”, conta.

Com isso, as roupas ficaram apertadas. “Quando cabia, não podia fazer nenhum esforço, senão rasgava”, diz. Para piorar a situação, o militar começou a ser alvo de provocação dos colegas. Como todo militar precisa fazer anualmente teste físico, Sérgio admite que ficava tenso quando pensava no processo. “Quando eu entrava na piscina para fazer os 100 metros, meus colegas diziam assim: ‘será, gordinho, que você vai conseguir?’. Na corrida, falavam: ‘gordinho, tu acha que aguenta?’ e pegavam na minha barriga”, relata.

Os problemas de saúde da família também entraram no rol de fatores que ajudaram Sérgio a querer virar a página. “Lembrei do meu avô, que morreu de diabetes. A família do meu pai e da minha mãe têm diabetes. Minha mãe ficava sempre no meu ouvido: ‘você pare de comer, veja sua mãe, seu pai’. Eu queria viver, queria melhorar de vida, estar bem.”

Decisão tomada, o militar começou a mudar a alimentação. O café da manhã, que antes era composto por quatro pães, passou a ter uma fruta com granola ou um pão sem manteiga e frios. Para quem tomava vários copos de refrigerante ou suco, Sérgio aboliu os líquidos durante as refeições. As frituras também viraram artigo em extinção na rotina do pernambucano e a corrida passou a ser “companheira” diária.

Com isso, em apenas dois meses, ele saiu dos 92 quilos e chegou aos 76 quilos – mas achou que ficou magro demais, foi criticado até pela família, e acabou recuperando 3 deles. Desde o fim do ano passado, Sérgio mantém o peso estável nos 79 quilos. “As pessoas começaram a perguntar se eu estava doente, se estava usando droga. Se eu estou gordo, falam que vou morrer do coração, se fico magro, dizem que estou usando droga”, brinca.

O militar diz que adotou como filosofia de vida a frase dita como incentivo por um sargento seu amigo: “mente sã, corpo são”. “Quem tem objetivo não pode parar. É preciso ter foco, força, fé e paciência.”