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Saúde
Sexta - 19 de Dezembro de 2014 às 22:41

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A ONU disse nesta sexta-feira estar "profundamento preocupada" pela expulsão de uma criança de 8 anos, por ser portadora do vírus de imunodeficiência humana (HIV), de um povoado no sudoeste da China, e denunciou que houve discriminação e estigmatização.

Em comunicado divulgado através de seu escritório na China, as Nações Unidas se referiram ao menor que foi expatriado de Shufangya, um povo da província chinesa de Sichuan (sudoeste do país), por ser soropositivo.

O caso criou uma grande polêmica na China, após ser revelado nesta semana que os habitantes do povoado, entre eles o avô do menor, tinham recolhido cerca de 200 assinaturas para expulsar a criança com o objetivo de "proteger a saúde dos moradores".

"O estigma e a discriminação são nossos maiores inimigos na luta para acabar com o HIV. Em todas suas formas e circunstâncias, são inaceitáveis e têm que parar. Não há razão para excluir alguém com HIV, adulto ou criança, da vida normal", assinalou o comunicado da ONU.

As Nações Unidas lamentaram também que "a ignorância e o medo continuam tendo consequências devastadoras para aqueles que vivem com HIV".

"A discriminação contra alguém com HIV é uma violação fundamental dos direitos humanos básicos, assim como uma violação da lei nacional da China", insistiram as Nações Unidas.

Segundo os últimos dados da Comissão Nacional de Planejamento Familiar e Saúde da China, divulgados em 1º de dezembro por causa do Dia Mundial contra a Aids, 497 mil pessoas são portadoras do HIV no gigante asiático.





Fonte: EFE

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