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Economia
Quinta - 09 de Abril de 2015 às 16:05

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Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de São Paulo

Incêndio em Santos gera R$ 20 mi de prejuízos com bloqueios; caminhões de Mato Grosso estão na fila

O incêndio em taques de combustíveis no porto de Santos, que já dura oito dias, gerou aproximadamente prejuízos em torno de R$ 20 milhões com o bloqueio de caminhões. Por dia, cerca de 9 mil caminhões circulam na região do porto de Santos, dos quais cinco mil utilizam a rodovia de interligação entre a Anchieta e a Imigrantes. A maioria dos caminhões parados no bloqueio são de Mato Grosso.

O porto de Santos é o principal porta de saída da produção de agropecuária de Mato Grosso para o exterior, seguido do porto de Paranaguá (PR). Somente em soja de Mato Grosso foram escoadas pelo porto de Santos 7,199 milhões de toneladas em 2014. Já em milho foram 6,021 milhões de toneladas e 362,2 mil toneladas de algodão.

De acordo com o senador de Mato Grosso José Medeiros (PPS-MT), o prejuízo diário é de aproximadamente R$ 2,5 milhões com os caminhões parados no bloqueio. O senador que esteve na manhã desta quinta-feira (09) em Santos revelou ao Agro Olhar que a maioria dos caminhões parados é de Mato Grosso.

“Mato Grosso já enfrenta tantos problemas de logística para escoar sua produção e ainda tem de sofrer com este bloqueio. O incidente está sendo tratado como uma coisa local. Só que não é. A situação é um problema nacional, pois afeta a economia”, pontua o senador José Medeiros.

O senador mato-grossense reuniu-se na manhã desta quinta-feira com o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, e com o secretário adjunto de Assuntos Portuários e Marítimos de Santos, Frederico Abdala. “Não se está enfrentando o problema com a competência que se requer. É preciso uma alternativa para liberar estes caminhões. Eles estão liberando apenas à noite para não gerar congestionamentos. Somente na noite desta quarta-feira (08) 1,5 mil caminhões foram liberados. Isso já dá pra ter uma noção de como está à situação. Pedimos que seja buscada uma solução urgente”, declarou José Medeiros ao Agro Olhar.

O incêndio ocorre em tanques de combustíveis da empresa Ultracargo e já dura oito dias provocando prejuízos à economia e ao meio ambiente. O incêndio começou no dia 2 de abril, por volta das 10h (horário de Brasília) e atingiu seis tanques, sendo cinco de gasolina e um de etanol. Cada tanque comporta 6 milhões de litros, ou seja, um total de 36 milhões de litros.

O volume que queima há oito dias é equivale a um mês de gasolina ou etanol comercializados pelos postos de combustível de Mato Grosso. De acordo com informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em fevereiro Mato Grosso comercializou 40,873 milhões de litros de gasolina e 46,576 milhões de litros de etanol hidratado (para veículos flex).

Em nota emitida nesta quinta-feira (09) a Ultracargo informa que um caminhão, escoltado, com carga adicional de LGE (Líquido Gerador de Espuma) está a caminho de Santos.

Confira nota da Ultracargo:

Comunicado Incidente em Santos
São Paulo, 09 de Abril de 2015

A Ultracargo informa que o incêndio em uma parte do terminal de Santos atinge um tanque de gasolina. Está a caminho de Santos um caminhão, escoltado por batedores, com carga adicional do produto LGE - Liquido Gerador de Espuma- para a continuidade da operação de combate ao fogo. O produto veio do estado da Bahia para Guarulhos, em um avião da Força Área Brasileira.

Os trabalhos para o isolamento da área e contenção do fogo prosseguem sem interrupção. A operação continua com 7 rebocadores que auxiliam na captação de água do mar e abastecem os caminhões de incêndio na frente de combate.

A Ultracargo não tem medido esforços para cooperar com as autoridades que atuam na coordenação e resposta ao evento. A empresa está fornecendo todo o apoio logístico para a operação de combate ao fogo, além do suporte às demandas nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente.

A Ultracargo reitera o seu agradecimento às autoridades e empresas envolvidas na operação de combate.





Fonte: Olhar Direto

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