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Ciência/Pesquisa
Quarta - 05 de Agosto de 2015 às 12:58

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Não é à toa que a temperatura do ar-condicionado seja motivo de disputa entre homens e mulheres dentro dos escritórios. Enquanto elas preferem, em média, uma temperatura de 25ºC, eles se sentem mais confortáveis com uma temperatura de 22ºC.


Cientistas da Universidade de Maastricht, na Holanda, resolveram se debruçar sobre o tema para verificar se os edifícios comerciais não estariam gastando mais energia do que o necessário em sistemas de refrigeração que não levam em conta o conforto de todos.

O que os pesquisadores descobriram é que o sistema de controle de temperatura usado pela maioria dos edifícios comerciais, desenvolvido na década de 1960, é baseado na taxa metabólica de um homem de 40 anos pesando 70 kg.

Eles resolveram testar se esses valores de referência coincidiam com os encontrados em mulheres jovens durante o expediente em um escritório. Foram analisadas 16 mulheres com esse perfil e a conclusão foi que a taxa metabólica delas era menor do que os valores padrão. Por isso elas se sentem desconfotáveis com as temperaturas mais baixas adotadas pela maioria dos escritórios.

Segundo os autores, os resultados mostram a importância de usar a taxa metabólica real das pessoas que trabalham naquele ambiente para calcular a temperatura ideal, e não um padrão que só leva em conta o conforto térmico dos homens.

Além de melhorar o bem-estar dos ocupantes do ambiente de trabalho, essa mudança poderia levar a uma economia no gasto de energia das empresas. Os autores lembram que o consumo de energia de prédios residenciais e comerciais corresponde a cerca de 30% do total de emissões de CO2.

Portanto, adequar os sistemas de controle de temperatura dos escritórios pode levar também a uma contribuição importante para o meio ambiente. Os resultados do estudo foram publicados na revista "Nature Climate Change" nesta segunda-feira (3).





Fonte: G1

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