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Ciência/Pesquisa
Terça - 25 de Outubro de 2016 às 07:00
Por: Veja.com

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Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como idosos ou pessoas que utilizam medicamentos como imunossupressores, podem ser ainda mais vulneráveis às bactérias caninas (iStock/Getty Images)
Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como idosos ou pessoas que utilizam medicamentos como imunossupressores, podem ser ainda mais vulneráveis às bactérias caninas (iStock/Getty Images)

A demonstração de afeto mais conhecida dos cães – a lambida – pode nos transmitir graves doenças. Em contato com boca, nariz ou olhos humanos, a saliva do animal pode causar infecções intestinais, gastroenterite ou colecistite.

“A maioria das bocas caninas são hospedeiras de uma grande variedade de bactérias, vírus e fungos”, afirmou o médico Neilanjan Nandi, professor da escola de medicina na Universidade Drexel, nos Estados Unidos, em entrevista ao jornal americano The New York Times

Os gêneros de bactérias comuns nos cachorros são a Clostridium, Escherichia coli, Salmonella e a Campylobacter. A Escherichia pode causar a colecistite (inflamação da vesícula biliar), a Salmonella, salmonelose ,e as Campylobacter, a gastroenterite. Existe uma espécie de Clostridium que causa tétano, uma doença que muitas vezes é associada a objetos de metal enferrujados, mas especialistas afirmam que a bactéria pode estar na terra, areia, plantas e madeira.

No organismo dos cães, essas bactérias não costumam causar qualquer problema – elas ajudam os animais na limpeza e até na cura das próprias feridas. O problema é quando os microrganismos entram em contato com as mucosas humanas, ou penetram na pele por meio de feridas. Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como idosos ou pessoas que utilizam medicamentos como imunossupressores, podem ser ainda mais vulneráveis às bactérias caninas.

De acordo com especialistas, uma lambida nas bochechas ou nas mãos, sem feridas, dificilmente transmitirá doenças. “Quando a saliva do cão entrar em contato com a pele humana sem lesões ou o dono não estiver dentro do grupo de pessoas suscetíveis a transmissão é extremamente improvável”, disse, aoTimes, Leni K. Keplan, professora das práticas de serviço comunitário da faculdade de medicina veterinária na Universidade Cornell, em Nova Iorque.

Apesar da transmissão ser rara, existem outras doenças, como a ancilostomíase e ascaridíase (a lombriga), que podem ser transmitidas para os humanos. Os vermes entram em contato com os cachorros, principalmente, quando eles realizam uma prática chamada coprofagia (é o ato dos cachorros de ingerirem as próprias fezes ou as dos outros)

COMO EVITAR

As dicas dos especialistas é verificar se o pet tomou todas as vacinas recomendadas. Os cachorro também devem tomar remédios contra vermes, e os donos devem manter os animais longe dos excrementos deles ou de outros cães. Outra precaução é lavar as mãos com água e sabão após o contato com os cães. Com esses cuidados, todos os carinhos poderão ter dados e recebidos, sem preocupação.





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