Etanol: Preço cai e amplia diferença na bomba Levantamento realizado ontem pelo DIÁRIO encontrou litro do combustível com mínima R$ 2,09 e máxima de R$ 2,25, em Cuiabá e VG, margem de R$ 0,16

Levantamento realizado ontem pelo DIÁRIO, em postos de combustível localizados nas principais ruas e avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, identificou uma grande variação de preços no litro do etanol hidratado e uma significativa queda sobre o valor de bomba no decorrer da semana. Entre a mínima e a máxima cobrada do consumidor, há uma diferença de R$ 0,16. Esse valor, em uma ‘taqueada’ de 50 litros em média, pode fazer com que o motorista desembolse R$ 104,50 ou R$ 112,50.

Entre os postos revendedores de bandeira branca, aqueles que não têm fidelidade com nenhuma distribuidora, como também os bandeirados como Petrobras, Idasa e Shell, os preços variam de R$ 2,09 a R$ 2,25 entre as duas cidades. A semana abriu com redução sobre os valores de bombas, os mais baixos oscilavam entre R$ 2,17 e R$ 2,15 e evoluíram para R$ 2,11 e R$ 2,09 na última sexta-feira. Esses valores mínimos foram vistos na Avenida Artur Bernardes, em Várzea Grande. Já em Cuiabá, os menores preços variam entre R$ 2,17, R$ 2,19 e R$ 2,21.

O motorista que estiver atento ao seu trajeto poderá economizar. Quem abastecer a R$ 2,09, por exemplo, ao abastecer 50 litros, vai pagar R$ 104,50. Já quem abastecer o mesmo volume a R$ 2,25, o preço máximo encontrado ontem, já terá de desembolsar R$ 112,50, ou 7,65% mais caro.

Na Avenida Artur Bernardes, os dois postos que mais reduziram os preços do etanol na bomba são de bandeira branca. Um terceiro estabelecimento pertence à rede Ipiranga. Nos de bandeira branca a disputa pelo consumidor é clara, um reduz e na sequência o outro abaixa o valor.

Um dos frentistas ouvidos pelo DIÁRIO explicou que essa redução que trouxe os preços a R$ 2,09 é de fato uma forma de movimentar o caixa neste final de mês. Questionado se o litro tem chegado mais barato da distribuidora em razão do início da moagem da nova safra de cana-de-açúcar no Estado, ele não soube responder, disse apenas que é uma estratégia para atrair clientes. “Aí um posto faz e o outro faz. A gente baixa até onde dá, uns baixam mais, outros menos”.

A ‘guerra pelo mercado’ também é confirmada em um outro posto na Avenida da Prainha. O frentista disse que praticamente em todos os postos da rede o valor de bomba do etanol passou de cerca de R$ 2,29 para R$ 2,19 de quarta em diante.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) frisa sempre que o mercado é livre para adoção de preços e que cada revendedor tem sua margem própria para trabalhar e que, diante de seus custos, pode acompanhar ou não uma possível ‘guerra de preços’.

SEMANAL – Conforme levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) entre os dias 21 e 27 deste mês, o litro do biocombustível teve preço médio de R$ 2,417 em Mato Grosso, tornando-se o segundo mais barato do país, atrás apenas do registrado no estado de São Paulo, cuja média foi de R$ 2,356.

Ainda conforme o acompanhamento semanal, no qual a ANP avalia os preços de 137 postos em sete municípios (Alta Floresta, Cáceres, Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Sorriso e Várzea Grande), o menor preço encontrado foi de R$ 2,155, em Cuiabá, e o maior, de R$ 2,799, em Sorriso (460 quilômetros ao norte da capital).

REDUÇÃO – O varejo espera para a próxima semana os efeitos do anúncio da Petrobras sobre a redução dos preços nas refinarias em 5,4% para a gasolina e em 3,5% para o diesel. Na última quinta-feira, a estatal explicou que a concorrência com combustíveis importados motivou a redução dos preços. Nos cálculos da estatal, se o reajuste for inteiramente repassado ao varejo, o diesel poderá ficar 2,2%, ou cerca de R$ 0,07 por litro, em média, mais barato para o consumidor final. Já o preço da gasolina nas bombas poderá cair 2,4% ou R$ 0,09 por litro, em média.