Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sexta - 16 de Novembro de 2018 às 15:40
Por: Mídia News

    Imprimir


Colheita da safra de soja em uma fazenda de Mato Grosso
Colheita da safra de soja em uma fazenda de Mato Grosso

O PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso sofreu um tombo histórico em 2016, caindo 6,3% na comparação com 2015. Naquele ano, a soma de todas as riquezas do Estado ficou em R$ 123,83 bilhões.

Trata-se da maior queda de toda a série histórica do IBGE, que começou em 2002. Em 2006, houve uma retração grande, mas ficou em 5,89%, portanto menor que a de 2016.

O baixo desempenho foi provocado pela queda na atividade agropecuária, que foi duramente atingida pela estiagem daquele ano.

Em 2016, o PIB do campo caiu 22,4% no Estado. Apena na agricultura, houve uma queda 28,2%. O cultivo de soja, destaque na economia mato-grossense, foi amplamente atingido, bem como as culturas de algodão e milho. Já a pecuária caiu 4%.

Os números fazem parte da pesquisa Contas Regionais, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com o desempenho, Mato Grosso foi o segundo Estado com maior tombo na economia em 2016, ficando ao lado de Piauí, melhor apenas que o Amazonas, cuja queda foi de 6,8%.

O mau desempenho explica em parte a crise de caixa vivida por Mato Grosso nos últimos anos, uma vez que uma menor atividade econômica impacta negativamente na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria), o principal tributo estadual.

Apenas Roraima (0,2%) teve resultado positivo no PIB em 2016. O Distrito Federal registrou estabilidade (0%) e os outros 25 estados tiveram quedas, sendo que em 10 deles a variação ficou acima da média nacional (-3,3%).

Estes 12 estados representaram 68,3% do PIB brasileiro em 2016.

Apenas cinco estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná) concentraram 64,4% do PIB do País em 2016. Este mesmo grupo tinha 68,1% de participação em 2002, ano de início da série.

Ainda conforme o estudo, entre 2002 e 2016, os maiores crescimentos acumulados são de Tocantins (103,4%, 5,2% ao ano em média), Mato Grosso (89,1%, 4,7% a.a.), Roraima (79,5%, 4,3% a.a.), Acre (76,8%, 4,2% a.a.) e Piauí (72,7%, 4,0% a.a.). Por outro lado, os piores desempenhos ficam com Minas Gerais (34,1%, 2,1% a.a.), Rio Grande Sul (27,6%, 1,8% a.a.) e o Rio de Janeiro (25,3%, 1,6% ao ano).

O maior PIB per capita (R$ 79.099,77) foi o do Distrito Federal, e o Maranhão teve o menor (R$ 12.264,28). O DF mantém essa posição desde o começo da série e o seu PIB per capita é 2,6 vezes o do Brasil.

São Paulo ganhou participação no PIB pelo segundo ano consecutivo, 0,2 ponto percentual em relação a 2015 e 0,3 ponto percentual em relação a 2014, algo inédito na série.

Ainda assim é o Estado com a maior perda acumulada neste aspecto entre 2002 e 2016: 2,4 pontos percentuais. Em 2002 participava com 34,9% e passa para os 32,5% em 2016.

Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil teve queda no volume do PIB: de 3,3% em 2016, contra 3,5% em 2015. Entre 2014 e 2016, o País acumulou redução de 6,7% no PIB.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/429261/visualizar/