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Comportamento
Sexta - 30 de Novembro de 2018 às 10:06
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Em 2017, uma pessoa nascida em Mato Grosso tinha expectativa de viver até os 74,5 anos em média. Isso representa um aumento de três meses a mais do que para uma pessoa nascida em 2016, quando a projeção da longevidade dos mato-grossenses era de 74,2 anos. Porém, a média estadual está abaixo da nacional que era de 76 anos, no ano passado.

Dados como estes fazem parte do estudo “Tábuas completas de mortalidade do Brasil de 2017”, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O levantamento mostra, que em 1980, de cada mil mato-grossenses que chegavam aos 60 anos, 268 atingiam os 80 anos de idade. Já no ano passado, este valor passou para 557 indivíduos, sendo poupadas 289 vidas para cada 1.000 pessoas que atingiam a mesma idade e no mesmo período.

No geral, Mato Grosso ocupa a 11ª colocação na projeção nacional de vida ao nascer. Regionalmente, conforme o IBGE, a maior expectativa de vida entre as unidades da federação foi em Santa Catarina, 79,4 anos, seguido por Espírito Santo, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul, todos com valores iguais ou acima de 78,0 anos.

Já a menor foi encontrada no Maranhão (70,6 anos). Piauí, Rondônia e Roraima também apresentaram expectativas de vida abaixo de 72,0 anos. Dentro os estados do centro-oeste, Goiás apresentou a menor média: 74,3 anos. Em Mato Grosso do Sul foi de 75,8 e, no Distrito Federal, de 78,4 anos.

“Temos uma certa gordura para queimar em relação à expectativa de vida. No Brasil, tendemos a convergir para o nível dos países desenvolvidos, que estão na faixa dos 83 anos. É uma diferença ainda considerável, mas, se pensarmos que existem países na faixa dos 50 anos, vemos que estamos mais próximos dessa faixa superior”, comentou o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi.

Ainda no Estado, entre os homens a esperança de vida aumentou de 71,1 anos, em 2016, para 71,4 anos, em 2017. E, entre as mulheres, 77,8 para 78,1, no mesmo período. Portanto, as mato-grossenses vivem em média 6,7 anos a mais que as pessoas do sexo masculino.

Em nível nacional, o levantamento mostra que as mulheres também têm uma esperança maior que a dos homens. Um reflexo, em grande parte, da maior mortalidade de homens jovens, principalmente, por causas não naturais. No país, a perspectiva de vida entre os homens subiu de 72,2 para 72,5 anos, entre 2016 e 2017, enquanto a das mulheres foi de 79,4 para 79,6.

Já a probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino em 2017 não completar o primeiro ano de vida era de 13,8 a cada mil nascimentos. Já para as recém-nascidas, a chance era de 11,8 meninas não completarem o primeiro ano de vida.

A mortalidade na infância (de crianças menores de cinco anos de idade) caiu de 15,5 por mil em 2016 para 14,9 por mil em 2017. Das crianças que vieram a falecer antes de completar os 5 anos de idade, 85,7% teriam a chance de morrer no primeiro ano de vida e 14,3% de vir a falecer entre 1 e 4 anos de idade. Em 1940, a chance de morrer entre 1 e 4 anos era de 30,9%, mais que o dobro do que foi observado em 2017.

A atual expectativa de vida do brasileiro foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). A partir destes dados, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) vai atualizar a tabela de fator previdenciário, que é usada no cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição.





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