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Economia
Segunda - 01 de Julho de 2019 às 09:04
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Depois de registrar o melhor abril em seis anos na geração de novas vagas de trabalho formal – com carteira assinada – Mato Grosso retraiu, em maio, a geração de empregos ao encolher em 15% o saldo em relação ao mesmo período de 2018. No mês passado foram criadas 1.755 novas frentes ante 2.064 contabilizadas em 2018. Contribuiu para a perda do nível de empregabilidade estadual as demissões na agropecuária, setor que mais demitiu do que contratou.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado há pouco pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, o Estado está na segunda posição no Centro-Oeste entre os estados que mais geraram empregos no mês passado. A liderança é de Goiás, com 2.796 novas vagas, seguido por Mato Grosso (1.755), Mato Grosso do Sul (1.097) e o Distrito Federal (500). Todas as unidades federativas da região fecharam o período com saldo positivo, mesmo que inferior ao contabilizado no ano passado.

Dos cinco principais setores da economia estadual – agropecuária, comércio, serviços, construção civil e indústria – apenas a agropecuária registrou saldo negativo, eliminando 10 postos de trabalho em maio. Entre os resultados positivos, o comércio é o grande destaque com 472 novas frentes, seguida de perto pela indústria com outras 465 vagas. Construção civil ofertou 387 e serviços com 376 novos postos completam o ranking estadual entre os setores que mais expandiram empregos.

EMPREGADORES – Cinco municípios de Mato Grosso se destacaram na geração de empregos no mês de maio. Na contramão, Cuiabá foi o que mais eliminou vagas no período, cortando 144 vagas, se tornando o maior demissor do momento.

Entre os que mais geraram empregos estão em evidência cidades do interior. Pela ordem, Sinop, que registrou 303 novos postos de trabalho formal, seguido por Sorriso com outras 266 vagas, Lucas do Rio Verde com 193, Nova Mutum com 156 e Várzea Grande com outras 151.

BRASIL – O Brasil registrou a abertura de 32.140 novas vagas de trabalho. O saldo positivo de maio foi resultado de 1.347.304 admissões e 1.315.164 desligamentos. No ano, foram criados 351.063 novos empregos (+0,91%), elevando para 38,761 milhões o estoque de empregos formais no país, o maior estoque desde maio de 2016, quando o Caged registrou 38.783 milhões de empregados com carteira assinada. Já no acumulado de 12 meses, o saldo positivo chega a 474.299 novos postos de trabalho, equivalente a um crescimento de 1,24%.

O crescimento do emprego em maio foi impulsionado pelo setor da agropecuária, que registrou a abertura de 37.373 novos postos, um crescimento de 2,39% sobre o mês anterior. Os cultivos de café (+25.369 postos) e de laranja (+7.718) foram os destaques do setor, junto com as atividades de apoio à agricultura (+6.729 postos) e criação de bovinos (+1.683).

O segundo maior saldo de maio foi do setor de construção civil, com abertura de 8.459 novos postos de trabalho. Em seguida, aparecem os setores de Serviços, com saldo de 2.533 novas vagas, administração pública (+1.004 postos) e extrativa mineral (+627). Houve recuo no mês em três setores: comércio (-11.305 postos), indústria da transformação (-6.136) e serviços industriais de utilidade pública (-415).

EMPREGO REGIONAL – Quatro das cinco regiões tiveram saldo positivo em maio, com destaque para o Sudeste, que criou 29.498 postos formais. Depois, vêm as regiões Centro-Oeste (+6.148 vagas), Norte (+4.110) e Nordeste (+3.319). Apenas a região Sul teve redução no emprego formal (-10.935 postos).

O Caged registrou crescimento do emprego em 19 Unidades da Federação. Os maiores saldos foram de Minas Gerais, com abertura de 18.380 novas vagas, Espírito Santo, que abriu 9.384 postos e São Paulo, com 6.023 novos empregos.

Entre os estados com redução no emprego, os três maiores recuos ocorreram no Rio Grande do Sul, com o fechamento de 11.207 postos, no Rio de Janeiro (-4.289 postos) e no Ceará (-1.428).





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