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Saúde
Quinta - 16 de Dezembro de 2021 às 19:00
Por: Por Luiz Vieira, TV Centro América

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Pandemia pode ter causado subnotificação de novos registros de hanseníase em MT
Pandemia pode ter causado subnotificação de novos registros de hanseníase em MT

Os casos de hanseníase, em Mato Grosso tiveram queda de 40% no ano passado, em comparação à 2019. A pandemia da Covid-19 pode ter contribuído para essa diminuição. Em 2020, foram detectados 2.517 novos casos no estado.

Durante a pandemia e com o distanciamento social, muitas pessoas deixaram de ir até as unidades de saúde para procurar atendimento.

A hanseníase é silenciosa e pode gerar incapacidade física. Causada por uma bactéria, ela provoca lesões na pele e perda de sensibilidade. Todas as unidades básicas de saúde estão preparadas para acolher casos suspeitos, examinar e se necessário, encaminhar aos centros de referência.

Há sete anos, o coordenador do Movimento de Integração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) João Victor notou o aparecimento de manchas no corpo.

Ao procurar uma unidade de saúde, o diagnóstico foi hanseníase. Durante o tratamento, para entender mais e ajudar outros pacientes, decidiu fazer parte do grupo.

"Entrei no grupo para poder intensificar mais a conscientização do tratamento, levar mais informação para as pessoas, também para os funcionários das unidades de saúde e despertar o interesse do poder legislativo e executivo", contou.

Perda de sensibilidade é um dos sintomas da hanseníase — Foto: Reprodução/TV Centro América

Perda de sensibilidade é um dos sintomas da hanseníase — Foto: Reprodução/TV Centro América

Para o médico Ronald Benedito dos Anjos, a diminuição dos diagnósticos é preocupante e que, para ajudar no controle, o ideal é fazer a 'busca ativa'.

"No momento que a gente faz o diagnóstico é importante que faça a 'busca ativa' de quem convive com esse paciente porque quando ele é tratado e mora com os pais, filhos ou irmãos, essas pessoas precisam ser avaliadas. Se a pessoa tratada manter o convívio com uma pessoa que continua infectada, existe a possibilidade de ser infectada novamente", disse.

Quando foi diagnosticado, na década de 80, o aposentado Valdomiro da Silva, recebeu a notícia de que tinha pouco tempo de vida, mas decidiu iniciar um tratamento contra a hanseníase. Hoje ela está curado, mas com algumas sequelas.

"Me deram dois anos de vida, mas eu continuei lutando", disse.

O contágio da doença não acontece em uma única aproximação, mas através do contato íntimo e prolongado. O diagnóstico precoce é essencial, e o médico Ronald Benedito dos Anjos, alerta para os sinais.

"Uma mancha clara com a redução ou perda total de sensibilidade térmica ou dolorosa, a perda de pelo em uma mancha clara, manchas associadas à câimbras e formigamento, procure uma unidade de saúde que a equipe está preparada para atendê-lo e fazer o possível diagnóstico", disse.





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