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Meio Ambiente
Domingo - 06 de Fevereiro de 2022 às 11:32
Por: Por G1 MT

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Fiscais do meio ambiente enfrentam dificuldades para realizar fiscalização — Foto: Reprodução
Fiscais do meio ambiente enfrentam dificuldades para realizar fiscalização — Foto: Reprodução

Os fiscais que atuam no combate ao desmatamento da floresta amazônica, no cerrado e no Pantanal em Mato Grosso enfrentam uma rotina dura de trabalho. Além disso, o trabalho exige muito tempo dedicado às investigações, já que as táticas de atuação dos desatadores mudam constantemente.

No entanto, os fiscais afirmam que a satisfação em ver a floresta em pé é o combustível para seguir na jornada em defesa do meio ambiente. Essa é a constatação dos fiscais de campo da Superintendência de Fiscalização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).

Fernando Luiz Mews atua como fiscal do meio ambiente há 15 anos — Foto: Reprodução

Fernando Luiz Mews atua como fiscal do meio ambiente há 15 anos — Foto: Reprodução

Neste domingo (6), o Brasil comemora o Dia do Agente de Defesa Ambiental e o analista de Meio Ambiente, Fernando Luiz Mews, que atua na fiscalização, compartilhou que os infratores cada vez mais pensam em novas estratégias para complicar o trabalho dos agentes.

Segundo o fiscal, uma das táticas é a de inverter o desmatamento, ou seja, começar pelo meio da floresta para depois chegar na ponta e atuar os responsáveis.

Em sua experiência, Luiz constatou que os infratores não começam a desmatar na beira da estrado. Segundo ele, são abertas trilhas estreitas na mata, depois são levadas motosserras em garupa de motos para iniciar a derrubada das árvores.

O fiscal conta que a trilha é estreita, ou seja, para entrar a caminhonete à beira da estrada e seguir a pé, se embrenhando mata adentro. Além disso, os fiscais estão sujeitos a picadas de mosquitos, animais peçonhentos e a umidade intensa são companheiras no percurso até o ponto do desmate.

“Até o local da infração, a caminhada pode levar de quatro a cinco quilômetros. Agora, você imagina ter que percorrer isso a pé e com equipamentos pesados nas costas. Com toda umidade da floresta amazônica, você transpira muito. É um trabalho muito perigoso e exaustivo, mas eu gosto. Me dá satisfação, porque eu consigo ver na prática os resultados do combate ao desmatamento ilegal”, afirma.

No entanto, além dos perigos da mata, os ficais também precisam lidar com os infratores, muitos deles andam armados. Por isso, os agentes da Sema contam com apoio do do Bope, Força Tática e GOE.

O maior perigo mesmo são as armadilhas deixadas pelos infratores — Foto: Reprodução

O maior perigo mesmo são as armadilhas deixadas pelos infratores — Foto: Reprodução

Surpresas desagradáveis

O maior perigo, segundo o fiscal, são as armadilhas deixadas pelos infratores. Uma delas são árvores cortadas pela metade com a motosserra. "Essas árvores não caem naquele momento. Provavelmente vão cair no outro dia, com os ventos mais fortes pela manhã. E isso pode ser fatal para os fiscais”, alerta e conta que o caso já aconteceu com ele.

Monitoramento

Para fortalecer o trabalho no campo, o centro de comando conta com tecnologia de ponta para recebe os alertas de maneira automática por meio do monitoramento de detecção do desmatamento Deter, do governo federal. Além disso, Mato Grosso conta ainda com o sistema de satélites Planet, que foi adquirido pela Sema, através do programa REM Mato Grosso. A partir disso são traçados os locais em que são necessário atuar para frear o desmatamento, detalha.





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