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Saúde
Quarta - 28 de Setembro de 2022 às 18:39
Por: Mídia News

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Criança sendo vacinada durante campanha
Criança sendo vacinada durante campanha

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite termina nesta sexta-feira (30) com uma cobertura vacinal de apenas 52% do público alvo em Mato Grosso.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) alerta que a baixa adesão contribui para o retorno da doença no País, que há 32 anos não registra casos do vírus.

O índice atual preocupa a Secretaria, uma vez que o Governo Federal preconiza uma cobertura vacinal de 95%.

A estimava para esta campanha era de que fossem vacinadas 227.559 crianças menores de cinco anos de idade. No entanto foram imunizadas, até esta quarta-feira (28), um total de 119.517.

Segundo sistema do Ministério da Saúde, somente 34 municípios do Estado estão com a cobertura acima de 90% e 24 estão com a cobertura abaixo de 39%. O percentual dos demais municípios varia entre 41% e 88%.

“Não podemos baixar a guarda e submeter as crianças a esse vírus que causa a paralisia, entre outras sequelas. Por isso, oriento que aqueles que ainda não levaram seus filhos para vacinar procurem a unidade de saúde mais próxima para imuniza-los e, dessa forma, evitar a reintrodução desse vírus no país”, alerta o secretário adjunto de Atenção e Vigilância em Saúde da SES, Juliano Melo.

A poliomielite causa infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus. Geralmente são sequelas motoras e não têm cura, como problemas e dores nas articulações; pé torto, conhecido como pé equino, que é quando a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão; crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose; osteoporose; paralisia de uma das pernas; paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta; dificuldade de falar; atrofia muscular; hipersensibilidade ao toque.

Conforme a superintendente de Vigilância e Atenção à Saúde, Alessandra Moraes, a vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite. “A vacina existe há mais de 60 anos e é eficaz contra essa doença. Não há nada científico que aponte a ineficiência da vacina ou alguma sequela relacionada a ela”, acrescenta a gestora.

O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1990. Em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do vírus, juntamente com os demais países das Américas.

No entanto, desde 2015, tem sido detectada uma progressiva queda das coberturas vacinais para poliomielite, o que pode contribuir para reintrodução do pólio vírus selvagem e o surgimento de poliovírus derivado vacinal (PVDV), que são estirpes vezes encontradas em populações que não foram completamente vacinadas.

“Esta situação de queda da cobertura vacinal contribuiu na classificação do Brasil como País de alto risco para a poliomielite, segundo o relatório de 2021 da Comissão Regional de Certificação (CRC)”, conta Alessandra Moraes.

Confira a lista com os municípios na Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite AQUI.





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