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Judiciário e Ministério Público
Sábado - 10 de Junho de 2023 às 07:24
Por: Thaiza Assunção/Mídia News

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Mídia News
Fachada do Ministério Público do Trabalho, em Cuiabá
Fachada do Ministério Público do Trabalho, em Cuiabá

O Ministério Público do Trabalho instaurou um inquérito civil para investigar a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Mato Grosso (Fetagri/MT) e seu ex-presidente, Nilton José de Macedo, por supostas irregularidades na administração, entre elas desvio de recurso público e assédio moral e sexual.

A Fetagri-MT representa dezenas de milhares de trabalhadores rurais de Mato Grosso. Atualmente, Nilton compõe a diretoria como primeiro suplente.

O inquérito civil foi instaurado pela procuradora do Trabalho Marcela Guimaraes Santana na semana passada.

Ela designou a servidora Gisele Monteiro da Silva Mattos para atuar como secretária do caso.


O procedimento tem como base uma denúncia feita pela ex-secretária-geral da entidade, Marilza Reis Moraes Silva, e a ex-membro do Conselho Fiscal, Leudislene da Silveira Fraga, no ano passado.

A denúncia acusa Nilton por um suposto rombo de mais de R$ 1 milhão nas contas da federação.

“Ele arquitetou, manipulou e comandou uma assembleia com alguns sindicatos para o absolverem sem dar explicações desse rombo milionário nessa assembleia cheia de irregularidades gritantes e corrompida”, diz trecho da denúncia.

O documento apontou ainda que o presidente teria vendido patrimônio físico da entidade abaixo dos valores de mercado, como carros e terrenos.

E também acusa Nilton de praticar nepotismo cruzado, fazer uso indevido de veículos da entidade, além de não realizar as prestações de contas da Federação.

Assédio sexual e moral

A denúncia relata também que ele teria assediado sexualmente funcionárias da entidade.

Uma das vítimas seria uma recepcionista, que, segundo consta no documento, teria sido demitida por Nilton em uma tentativa de abafar o caso.

Conforme o documento, há diálogos em aplicativo de celular que comprovam o suposto assédio sexual.

"A vítima, agora depois de não conseguir mais aturar e se libertar psicologicamente do trauma sofrido está disposta a dar seu depoimento para fins das medidas cabíveis", diz a denúncia.

O documento ainda relata supostos episódios de assédio moral praticado explicitamente contra as denunciantes com ameaças de expulsão do movimento sindical e real afastamento provisório das funções com o corte das gratificações mensais.

"Perseguição implacável contra as denunciantes na intenção de expulsá-las da entidade com a justificativa ilegal de que elas teriam inventado mentiras sobre um rombo de R$ 255 mil na gestão do presidente", diz outro trecho da denúncia.





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