Em 3,5 anos, Mato Grosso já notificou 19 casos da febre maculosa Só agora, em 2023, o Estado contabiliza os registros da doença; 2 casos foram descartados e 3 estão em investigação
Entre 2020 e até 14 de junho deste ano, Mato Grosso notificou 19 casos da febre maculosa, doença que tem chamado atenção nos últimos dias, após a morte de nove pessoas em São Paulo (SP).
Somente agora em 2023, o Estado contabiliza cinco registros da doença, sendo dois descartados após exames laboratoriais e três ainda em investigação.
Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde, que, diante do cenário nacional, enviou aos 141 municípios mato-grossenses um informativo epidemiológico com os protocolos de prevenção e tratamento da febre maculosa.
Segundo a pasta, os casos descartados ocorreram em Alta Floresta (1) e Querência (1). Já os três suspeitos em investigação foram em Arenápolis (1) e Barra do Garças (2).
Conforme o órgão estadual, todos os casos suspeitos e confirmados devem ser informados pelas secretarias municipais ao Escritório Regional de Saúde junto à Vigilância em Saúde Ambiental e Vigilância Epidemiológica, para notificação e posterior envio das informações para Ses/central (Vigilância Epidemiológica e Vigilância em Saúde Ambiental).
O QUE É – A febre maculosa é uma doença de gravidade variável, podendo acometer as pessoas de formas leves a graves com alta taxa de letalidade.
A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
Os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas e paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória.
Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico oportuno é muito difícil, principalmente, durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras enfermidades, como leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia.
Também o tratamento oportuno da febre maculosa é essencial para evitar formas mais graves da doença e até mesmo a morte da pessoa.
Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica e informar se foi picado por carrapato.
Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa.
A terapêutica é empregada por um período de sete dias, devendo ser mantida por três dias, após o término da febre. A falta ou demora no tratamento da febre pode agravar o caso podendo levar ao óbito.
O órgão reforça ainda que matar capivaras contribui no combate à febre maculosa, pois quando o animal morre o parasita procura outro hospedeiro dando continuidade ao ciclo da doença.
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