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Saúde
Sábado - 02 de Dezembro de 2023 às 11:26
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Atualmente, são significativos os avanços que a ciência trouxe para a prevenção, tratamento e combate ao vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Conhecer a sorologia positiva de forma precoce e o avanço no tratamento com o uso adequado de antirretrovirais estão entre as principais causas na mudança do perfil epidemiológico da doença, permitindo melhor qualidade de vida e aumento da longevidade às pessoas que vivem com o HIV.

Entre 2012 e 2022, a taxa de detecção de aids apresentou queda (-3,8%) em Mato Grosso, passando de 21,3 para 20,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Ainda assim, o coeficiente estadual obtido, no passado, está entre os maiores valores (10º), dentre as 27 unidades da Federação.

Os demais estados são Roraima (34,5), Amazonas (32,3), Pará (26,3), Santa Catarina (25,3), Amapá (25,0), Rio Grande do Sul (23,9), Rio de Janeiro (23,3), Mato Grosso do Sul (21,5) e Rondônia (20,6).

Os dados constam no boletim epidemiológico sobre HIV/aids apresentado pelo Ministério da Saúde (MS), na quinta-feira (30), em referência ao “Dezembro Vermelho”, mês de conscientização para a importância da prevenção contra o vírus HIV/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Na oportunidade, o MS também lançou a campanha de conscientização com o tema “Existem vários jeitos de amar e vários de se proteger do HIV”, reiterando a importância do cuidado até para se evitar agravamento ou mesmo óbito.

De acordo com o estudo, Mato Grosso registrou queda no coeficiente de mortalidade por aids, que passou de 5,5 para 4,7 óbitos para cada grupo de 100 mil pessoas entre 2012 e 2022.

No entanto, o Estado está entre as 13 unidades da Federação que apresentaram coeficiente padronizado superior ao nacional, que foi de 4,1 óbitos por 100 mil pessoas.

Também somente 2023, 204 pessoas morreram tendo o vírus HIV ou a aids como causa básica em nível estadual.

No acumulado dos últimos 10 anos, foram 4.939 óbitos. Neste ano, o Estado notificou 438 casos de HIV contra 930 registrados em 2022.

Já em Cuiabá, o coeficiente padrão de mortalidade por aids saiu de 8,1 mortes/100 mil para 6,9/100 mil nos últimos 10 anos.

No Brasil, o MS aponta queda de 25,5% na taxa de mortalidade por aids.

Em 2022, o país registrou 10.994 óbitos tendo o HIV ou aids como causa básica, 8,5% menos do que os 12.019 óbitos registrados em 2012.

Apesar da redução, cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no ano passado.

Do total, de acordo com o novo boletim, 61,7% dos óbitos foram entre pessoas negras (47% em pardos e 14,7% em pretos) e 35,6% entre brancos.

Atualmente, um milhão de pessoas vivam com HIV no país.

Para o MS, os números reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações chave e prioritárias esquecidas pelas políticas públicas nos últimos anos.

Uma delas é a expansão da oferta de testes rápidos, que favorecem o conhecimento precoce acerca do estado sorológico.

É com este objetivo que os ambulatórios do Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac), em Cuiabá, iniciaram campanha para testagem rápida para HIV, além de promover outras ações como a verificação de glicemia capilar, abordagem sobre tuberculose e hanseníase.

“Vamos aproveitar a campanha para intensificar a conscientização do diagnóstico precoce e tratamento das doenças infectocontagiosas que nossos ambulatórios atendem”, afirmou o secretário adjunto de Unidades Especializadas da Secretaria de Estado de Saúde, Luiz Antônio Ferreira.

As ações ocorrem até o dia 7 de dezembro, das 8 horas às 11h e das 13h às 15 horas.

O tratamento antirretroviral é garantido para todos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

GESTANTES – Ao longo dos últimos 10 anos, 2.788 gestantes, parturientes ou puérperas foram notificadas com infecção pelo HIV, em Mato Grosso.

Somente neste ano, foram 108 diagnósticos.

Em 2022, o diagnóstico abrangeu 194 mulheres grávidas, correspondendo a uma taxa de detecção de 3,3 casos para cada grupo de 1.000 nascidos vivos.

Também neste ano, foram 96 casos de crianças expostas ao HIV, contra 131 notificações feitas em 2022. Desde 2015, o Estado registrou 1.207 crianças expostas ao vírus.





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