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Economia
Quinta - 25 de Janeiro de 2024 às 12:34
Por: Angelica Callejas/Mídia News

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O aumento da riqueza nos últimos cinco anos em Mato Grosso se deveu ao avanço do agro
O aumento da riqueza nos últimos cinco anos em Mato Grosso se deveu ao avanço do agro

Os chamados super-ricos de Mato Grosso tiveram em 2022 uma renda média anual de R$ 2,7 milhões, o que equivale a R$ R$ 225 mil ao mês.

As análises com base nos dados do IRPF oferecem fortes evidências de que a concentração de renda no topo cresceu significativamente no período recente

A informação consta em um estudo do Observatório de Política Fiscal da Fundação Getulio Vargas (FGV), cujas conclusões foram divulgadas pelo Jornal O Globo nesta quinta-feira (25).

Os chamados super-ricos representam 0,01% da população, o que em Mato Grosso corresponde a 365 pessoas.

Pelas contas do economista Sérgio Gobetti, autor do estudo, a renda dos mais ricos em Mato Grosso chega a ser 364 vezes o ganho da classe média no Estado. Na média nacional, a distância é de 248 vezes.


Os dados foram levantados pela FGV a partir de declarações do Imposto de Renda de Pessoa Física no período de 2017 a 2022.

O aumento da fortuna dos super-ricos no Brasil se deveu principalmente ao avanço do agronegócio nas últimas décadas, diz o documento.

“As análises com base nos dados do IRPF oferecem fortes evidências de que a concentração de renda no topo cresceu significativamente no período recente, destoando do ocorrido na década anterior pelo menos, mas ao mesmo tempo indica que o crescimento da renda no topo apresenta fortes diferenças regionais, tendo sido mais pronunciado em estados cuja economia, em geral, é dominada pelo agronegócio”, diz trecho do estudo.

“E isso ocorreu num período em que a renda média do brasileiro apresentou uma das piores performances das últimas décadas, dada a estagnação do valor real dos salários e de outros indicadores”.

Entre 2017 e 2022, a renda dos super-ricos de Mato Grosso cresceu 115% acima da inflação. O Estado teve a terceira maior variação, ficando atrás apenas de Mato Grosso do Sul e Amazonas, com 131% e 122%, respectivamente.

Apesar de ter crescido mais no Mato Grosso do Sul do que em Mato Grosso no período analisado, a renda média dos mais ricos no Estado vizinho ainda é 26% menor que a de Mato Grosso.





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