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Economia
Terça - 30 de Janeiro de 2024 às 11:04
Por: Da Assessoria

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Tânia Rêgo/Agência Brasil

O início de ano é marcado pela geração de grandes expectativas nos setores que envolvem a economia brasileira. No ramo da construção civil e mercado imobiliário esse cenário não é diferente. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), para 2024 há uma projeção de crescimento de 1,3%. Em Mato Grosso, empresas que atuam no segmento têm a perspectiva de que esse número positivo, da mesma forma, seja refletido no estado.

A esperança por uma continuidade no crescimento leva em consideração a possibilidade de redução da taxa básica de juros Selic para 9% ao ano, conforme indicado pelo Boletim Focus do Banco Central. A instituição financeira prevê, igualmente, uma inflação menor em 2024, com o IPCA girando em torno de 3,87%. Ao mesmo tempo, o Boletim Focus sugere para este ano uma evolução de 1,59% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Em Cuiabá, o Grupo Vivart está entre as empresas que esperam um 2024 com impactos positivos na construção civil. O diretor comercial da companhia, Victor Bento, explica que o setor é impulsionado por créditos que, aliado ao controle da inflação e um provável recuo na taxa básica de juros, influenciam diretamente tanto na compra quanto no lançamento de novos empreendimentos.

Para Victor, essas medidas também ajudam a solucionar o momento de baixa do estoque, que resulta na alta de preço no mercado. “Com a redução de juros e mais créditos, as incorporadoras tendem a ter um volume maior de lançamentos, até para corrigir essa questão de estoque. Então, isso faz com que o mercado seja mais aquecido e tenha uma maior quantidade de produtos disponíveis para comercialização”, afirma o diretor.

Um levantamento feito pelo Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT) aponta que o mercado imobiliário de Cuiabá concluiu 2023 com uma movimentação financeira de R$ 4,2 bilhões. O montante é 1,49% superior ao registrado no ano anterior e se aproxima da máxima histórica alcançada em 2021, quando a circulação r chegou a mais de 4,3 bilhões. A projeção para 2024 é de que essa ascensão continue em Mato Grosso.

Dentro da Vivart, a avaliação é de que a tendência no mercado é uma busca por imóveis mais tecnológicos, potencializando o uso dos espaços. Nesse contexto, a empresa tem prezado pelo desenvolvimento de projetos inovadores, que priorizam apartamentos compactos, com serviços de tecnologia inclusos e voltados não só à moradia, mas que atendam, igualmente, a demanda de locação de curta temporada.

“Estamos seguindo essa tendência, que é global. Temos um empreendimento que está, praticamente, 100% vendido e com entrega programada para 2025. Ainda no primeiro semestre deste ano, vamos fazer mais um lançamento. O 2023 foi muito bom para a Vivart. Tivemos recorde de vendas, que nos projetou para um volume de lançamentos na casa dos R$ 100 milhões, já para 2024”, acrescenta Victor.

GERAÇÃO DE EMPREGO

A perspectiva favorável para esse mercado também impulsiona a geração de emprego. De acordo com estudo feito pela própria CBIC, em outubro de 2023 o setor da construção civil alcançou o registro de 2,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada. O levantamento da entidade confirmou ainda um aumento de 10,49% no número de empregos formais criados de janeiro a outubro de 2023.

O Grupo Vivart, por exemplo, conta com um quadro de aproximadamente 70 funcionários e já planeja, ao menos, dobrar esse número para este ano. O diretor de engenharia da empresa, Felipe Carlesso, destaca que um dos principais desafios é a adaptação a uma mudança de perfil dos profissionais que estão iniciando a atuação no segmento. Para isso, a companhia tem investido em ferramentas de inovação dentro do ambiente de trabalho.

“Os profissionais da construção civil inseridos no mercado há muito tempo, agora, estão se aposentando. Então, estamos vivendo um processo de troca de geração. Com isso, a empresa também tem que se reinventar para receber esse novo pessoal, que faz parte de uma geração mais dinâmica. Estamos nos preparando para trabalhar com essas pessoas, treiná-las, falar com elas e motivá-las”, finaliza Felipe.





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