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Turismo
Sexta - 15 de Março de 2024 às 10:14
Por: Por Kessillen Lopes, Victória Oliveira, g1 MT

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As visitações proibidas na Gruta da Lagoa Azul, em Nobres, a 151 km de Cuiabá, interditada desde 2002 devido à degradação da área, potencializam a destruição da região. O g1 procurou a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT) para entender quais são os riscos ambientais que essas visitas não autorizadas podem causar. (veja abaixo)

Segundo o órgão, os impactos são vários e, entre eles, estão a contaminação da água, a perturbação da fauna e o comprometimento do patrimônio.

💧Contaminação da água: essa é uma área particularmente frágil, pois atua como cabeceiras de drenagem e, na região, assume um papel duplo e fundamental na qualidade da água: o de abastecimento e manutenção dos cenários naturais.

🐟Perturbação da fauna: o acúmulo de lixo nos cursos d’água locais e o ato de tentar tocar os animais, os levam a um intenso estresse, podendo implicar em mortalidade ou na interrupção da reprodução.

🗻Comprometimento do patrimônio: a quebra de ornamentos ou pichação e outras atividades também é considerado um impacto ambiental decorrente da exploração turística desordenada e não autorizada.

Gruta da Lagoa Azul, em Nobres (MT) — Foto: Divulgação

Gruta da Lagoa Azul, em Nobres (MT) — Foto: Divulgação

De acordo com a Sema, a Gruta da Lagoa Azul possui alertas e placas avisando da interdição e do risco, e que qualquer pessoa que entre no local está infringindo as regras do órgão ambiental e assumindo os riscos de acidentes.

🚩Quais são os riscos para os visitantes?

A secretaria explicou que o risco de acidentes no local é elevado, principalmente pelo fato do local ser de difícil acesso e não possuir uma estrutura preparada para receber turistas.

Dentre os riscos, está possibilidade de desprendimento de rochas do teto da Gruta, quedas, contaminação dos visitantes por vetores transmissores de doenças, como da febre maculosa, causada pela picada do carrapato e da leishmaniose, transmitida pelo mosquito do gênero Lutzomyia.

Print da localização da gruta nas redes sociais — Foto: Reprodução

Print da localização da gruta nas redes sociais — Foto: Reprodução

O que falta para liberar a visitação?

Ainda de acordo com a Sema, o processo está em fase final de regularização fundiária. Após essa fase, a próxima será a realização de investimentos para infraestrutura na área.

O g1 também conversou com uma representante do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) de Nobres, que disse ser a favor da reabertura do ponto turístico.

"O local tem muito potencial turístico, porém tem que ser reaberto com estrutura, preservando a natureza e a segurança do turista", disse.

De acordo com ela, o passeio para a gruta não se compra em agências cadastradas, pois não existe emissão de voucher, ingresso que é vinculado a prefeitura. Guias clandestinos chegam a cobrar R$ 250 por pessoa.





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