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Meio Ambiente
Sexta - 05 de Abril de 2024 às 11:27
Por: Jéssiva Maes/Da Folhapress - São Paulo

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Governo federal ignora metas de desmate em plano até 2031
Governo federal ignora metas de desmate em plano até 2031

Os alertas de desmatamento na Amazônia, que vêm caindo há meses, tiveram redução de 41,7% no primeiro trimestre de 2024, com perda de 491,8 km² de vegetação nativa, na comparação com 2023, quando a taxa foi de 844,6 km².

No Cerrado, o índice cresceu 2% no mesmo período e chegou ao patamar mais alto da série histórica, iniciada em 2016, para os primeiros três meses do ano: foi de 1.416,9 km² para 1.445,6 km².

A área perdida no Cerrado neste ano, até agora, equivale à da cidade São Paulo (1.521 km²).

Os dados são do sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e foram divulgados nesta sexta-feira (5).

Os registros vão até o dia 28 de março para a Amazônia e 29 para o Cerrado.

Considerando apenas o mês passado, a taxa caiu 59% na amazônia, indo de 356,1 km² em 2023 para 146,6 km² neste ano, e aumentou 17% no Cerrado, variando de 423,2 km² para 494,1 km² no mesmo período.

No início do ano, quando acontece a temporada de chuvas nos dois biomas, os números de desmate tendem a ser melhores do que no restante do ano, já que o tempo dificulta a atividade.

O céu nublado também dificulta a captura de imagens pelos satélites que alimentam o Deter.

Em março, a cobertura de nuvens registrada pelo Inpe na amazônia foi de 30% e, no cerrado, de 23%.

O Deter mapeia e emite alertas de desmate com o objetivo de orientar ações do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e outros órgãos de fiscalização.

Os resultados representam um aviso precoce, mas não são o dado fechado do desmatamento.

Os números oficiais são de outro sistema do Inpe, o Prodes, mais preciso e divulgado anualmente.

Em novembro, os dados do Prodes mostraram que, de agosto de 2022 a julho de 2023, foram perdidos 9.001 km² de floresta amazônica, uma redução de 22,3% na comparação com o período anterior.

No mesmo intervalo, o cerrado perdeu 11.011,6 km² de vegetação nativa, representando uma alta de 3%.





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