Revelado pelo Vasco, Felipe havia feito seu último jogo pelo clube em 2000, quando tinha 23 anos e já havia conquistado uma Libertadores, dois Brasileiros, um Carioca, um Rio-São Paulo e uma Mercosul. Aos 33, levantou a Copa do Brasil, repetindo as histórias de Roberto Dinamite e Romário, ambos vencedores novos e mais velhos pelo clube.
"Estou muito feliz por fazer parte deste grupo seleto de conquistas. Mais uma vez, estou entrando na história do Vasco", celebrou o meio-campista, que às vésperas da segunda partida contra o Coritiba repetiu que já havia sido campeão "novinho pelo Vasco, agora gostaria de fazer isso mais velhinho".
A concretização do desejo veio com a Copa do Brasil que já havia escapado de Felipe nas decisões de 2003 e 2004, quando ele defendia o Flamengo e perdeu para Cruzeiro e Santo André, respectivamente, e em 2005, quando estava no Fluminense e foi superado pelo Paulista, de Jundiaí.
"Bati na trave três vezes com equipes diferentes. Nada melhor do que conquistar a Copa do Brasil no clube que me projetou e entrar mais uma vez na história do Vasco", comemorou. "É o titulo que faltava, tem um sabor especial. E conquistei com uma equipe pela qual tenho um carinho muito grande e para uma torcida que estava carente de títulos."
A importância do jogador na conquista deste ano ficou evidente na partida dessa quarta-feira, no Paraná. Enquanto esteve em campo na derrota por 3 a 2 para o Coritiba, Felipe fez jus ao apelido de maestro, recuando quase até à área para organizar a saída de bola, tentar mantê-la nos pés vascaínos e fazendo tanta cera que chegou a levar cartão amarelo no primeiro tempo.
"Passamos um sufoco, não jogamos tão bem, mas o importante é o titulo", apontou, lembrando do valor da conquista para os mais novos do elenco. "O título é muito bom para a molecada, para todos nós. A família do Vasco sempre foi unida nos momentos difíceis, e agora está junta também em um momento alegre", definiu.
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