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Copa, a Fifa e o Brasil
Despontam no panorama mundial as divergências entre a Fifa e o governo brasileiro, quanto à realização da Copa de 2014. A instituição, que já conta com isenção total de impostos, também quer acabar com o meio ingresso e outros ditos benefícios sociais vigentes em lei. A presidenta já mandou dizer que não abre mão da legislação e setores da sociedade afirmam que o pretendido pela organização fere a soberania nacional. Se a desavença evoluir para uma crise de relacionamento, poderemos perder a Copa para outros países, inclusive os Estados Unidos.
A Fifa tem 204 países filiados – mais que a ONU, que reúne 191 – e possui seus regulamentos para a realização de eventos, sendo o principal deles a Copa do Mundo, disputada a cada quatro anos. Os detalhes de organização que hoje se discute, inclusive da Lei Geral da Copa, deveriam ter sido rigorosamente examinados na época em que o Brasil se candidatou a sediar o certame. Nossos representantes deveriam ter examinado pormenorizadamente os estatutos da Fifa, verificado a possibilidade do Brasil cumprir as exigências e, só depois disso, apresentar a candidatura.
Com a abrangência mundial, a Fifa não pode amoldar o seu estatuto e os regulamentos de suas promoções às leis de cada país. Pelo contrário, são os países interessados em sediar os eventos que devem criar as condições. Se as normas regimentais não lhe servirem, basta não participar. Isso pode ser comparado ao correntista – físico ou jurídico – que busca empréstimo em instituição bancária ou participação em programas de fomento. Ele tem de se sujeitar aos regulamentos estabelecidos para todos, ou não faz o negócio.
Vivemos, no Brasil de hoje, a plena democracia. Todos têm o direito de falar, gritar e defender suas idéias. Esse direito, no entanto, não deve extrapolar a ponto de criar dificuldades. Discutir hoje as normas regimentais da Copa é extemporâneo. Nesse momento, o Brasil tem é que adaptar-se e se houver algo a reclamar, deve ser em relação àqueles que não adotaram as cautelas necessárias no momento da contratação do país como sede de 2014. Se não o quiser, existem outros interessados e a Copa se realizará da mesma forma.
A esta altura, muitos investimentos já foram feitos prevendo a realização do mundial em nosso país. Tanto o poder público quanto entidades privadas já desenvolvem atividades cuja paralisação redundaria em grandes prejuízos. A não realização da Copa aqui frustraria a criação de milhares de empregos, prejudicaria o turismo e a imagem internacional do país e ainda poderia nos impor uma multa e, o principal, deixar manchada a imagem positiva de “país do futebol”.
Agora, que o país já se prepara para a Copa, não há mais que se discutir detalhes organizacionais. Temos de nos submeter ao regulamento para que tudo saia bem. Discutir questões regulamentares, só na próxima vez, antes de assinar o contrato...
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
aspomilpm@terra.com.br
A Fifa tem 204 países filiados – mais que a ONU, que reúne 191 – e possui seus regulamentos para a realização de eventos, sendo o principal deles a Copa do Mundo, disputada a cada quatro anos. Os detalhes de organização que hoje se discute, inclusive da Lei Geral da Copa, deveriam ter sido rigorosamente examinados na época em que o Brasil se candidatou a sediar o certame. Nossos representantes deveriam ter examinado pormenorizadamente os estatutos da Fifa, verificado a possibilidade do Brasil cumprir as exigências e, só depois disso, apresentar a candidatura.
Com a abrangência mundial, a Fifa não pode amoldar o seu estatuto e os regulamentos de suas promoções às leis de cada país. Pelo contrário, são os países interessados em sediar os eventos que devem criar as condições. Se as normas regimentais não lhe servirem, basta não participar. Isso pode ser comparado ao correntista – físico ou jurídico – que busca empréstimo em instituição bancária ou participação em programas de fomento. Ele tem de se sujeitar aos regulamentos estabelecidos para todos, ou não faz o negócio.
Vivemos, no Brasil de hoje, a plena democracia. Todos têm o direito de falar, gritar e defender suas idéias. Esse direito, no entanto, não deve extrapolar a ponto de criar dificuldades. Discutir hoje as normas regimentais da Copa é extemporâneo. Nesse momento, o Brasil tem é que adaptar-se e se houver algo a reclamar, deve ser em relação àqueles que não adotaram as cautelas necessárias no momento da contratação do país como sede de 2014. Se não o quiser, existem outros interessados e a Copa se realizará da mesma forma.
A esta altura, muitos investimentos já foram feitos prevendo a realização do mundial em nosso país. Tanto o poder público quanto entidades privadas já desenvolvem atividades cuja paralisação redundaria em grandes prejuízos. A não realização da Copa aqui frustraria a criação de milhares de empregos, prejudicaria o turismo e a imagem internacional do país e ainda poderia nos impor uma multa e, o principal, deixar manchada a imagem positiva de “país do futebol”.
Agora, que o país já se prepara para a Copa, não há mais que se discutir detalhes organizacionais. Temos de nos submeter ao regulamento para que tudo saia bem. Discutir questões regulamentares, só na próxima vez, antes de assinar o contrato...
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
aspomilpm@terra.com.br
Fonte:
Dirceu Cardoso Gonçalves
URL Fonte: https://reporternews.com.br/artigo/379/visualizar/
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