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Opinião
Quarta - 18 de Setembro de 2013 às 14:11
Por: Wilson Carlos Fuá

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A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que limita o mandato dos dirigentes de entidades esportivas como Federações e Confederações. De acordo com o projeto de Lei os Presidentes só poderão ser eleitos por 04 anos e com direito a uma só reeleição com mais 04 anos, além de proibir a eleição de cônjuges e parentes de 2º grau.



O projeto de lei entra na pauta de votação do Senado e se for aprovado, segue para a Presidente sancioná-lo.


 
Com a aprovação na Câmara, alguns desavisados ficaram alegres por pouco tempo, pois a lei não alcança as entidades que não recebem recursos públicos, ela não atingirá o futebol, pois a Confederação e Federações recebem apenas recursos de empresa privadas, principalmente na CBF, o presidente Ricardo Teixeira ficou no cargo por 23 anos, e durante esse período foi acusado de nepotismo e corrupção, mesmo assim só saiu pelos desgastes.


 
Nas federações podemos destacar alguns casos de poder eterno:

 
1 – Eduardo Farah presidiu a Federal Paulista de 1988 a 2003 ( 15 anos);

 
2 – Eduardo Viana ( o caixa d’agua) ficou como Presidente da Federação Carioca por 21 anos, morreu no poder em 2006;

 
3 – Antonio Pádua Peixoto Filho, é presidente da Federação Catarinense desde 1986, completa agora em 2013, 26 anos no poder.

 
Na Federação Matogrossense de Futebol, talvez seja o caso onde o poder está sendo exercido por mais tempo. O Presidente Advº. Carlos Orione, foi nomeado como interventor no período de 1976 a 1980, e em 1986 foi eleito ininterruptamente até a presente data, se somarmos os dois períodos, o Presidente atual está no poder da Federação Matogrossense de Futebol por 30 anos, com certeza é o Presidente que mais tempo que dirigi uma Federação no Brasil.


 
Mas se a FMF, não recebe recurso público, o Advº Carlos Orione, poderá candidatar-se por várias eleições seguindo a sua vontade, pois a Lei não alcançará a Federação de Futebol de Mato Grosso, existem alguns juristas que entende que a isenção do IR, pode incluir todas as Federações como beneficiadas com recurso público. 


 
Em 1967, quando ocorreu o início do profissionalismo no Futebol de Mato Grosso, com o estado ainda integrado (MT e MS), era o Presidente Dr. Herman Dutra Pimenta, depois sucederam Agripino Bonilha Filho, Carlos Orioni (interventor); João da Silva Torres, e novamente Carlos Orioni desde 1986. 


 
Veja que o Futebol de Mato Grosso, durante os 46 anos de profissionalismo, 30 anos ficou sob o comando de um único Presidente. Enfim, fica a pergunta que não quer calar: o poder eterno é bom para o futebol de Mato Grosso?


 
Esta resposta quem pode dar, são os filiados da FMF que votam, entre eles os Presidentes das Ligas e dos Clubes. 


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