Cuiabá e Maggi
Achei que já era “démodé” bater na tecla de que o ex Governador Blairo Maggi detesta Cuiabá e a cuiabania, pois seu índice de aprovação na capital chegou a 74%. Que nada, eis que alguns políticos candidatos insistem em dizer que Blairo não fez nada por Cuiabá. Fazem uma força danada, inversamente proporcional à inteligência de quem quer se eleger, para “emplacar” o ex governador como o Lobo mau dos cuiabanos.
Escrevi e fui bem além em outros artigos, sobre as obras do governo Maggi em Cuiabá. Desafiei qualquer cuiabano que ocupou a primeira cadeira do Paiaguás a provar que, no seu governo, realizou mais obras que Blairo na capital. Não vou me estender pelo Mato Grosso todo pois será covardia!
Claro, com o crescimento populacional desenfreado, não há governo que consiga acompanhá-lo, oferecendo saúde, educação e segurança como gostaríamos, porém, se compararmos com o passado, chegaremos à conclusão que houve muito avanço.
Renasce por falta de propostas e compromissos com você eleitor, a falsa acusação de que Blairo não gosta e nunca fez nada por nossa cidade. Não vamos polemizar estas bobagens, é assunto “requentado”.
O termo “pau rodado” sempre foi usado pelos cuiabanos para se referir a alguém de fora quando este, “metia o nariz” onde não era chamado, ou queria “aparecer” (destacar-se alem do que devia). Como vivemos décadas abandonados neste serrado do Brasil central, sem estradas, sem comunicação, e sem energia elétrica, nossa cidade se desenvolvia muito lentamente e era fácil notar nas ruas ou praças públicas a presença de um “forasteiro”, para nós, o “pau rodado”.
No começo da década de 80, chamar alguém de “pau rodado” não mais tinha o sentido pejorativo que alguns achavam assim ser. Usávamos esse termo para brincar com alguém que aqui não tivesse nascido. É a mesma coisa que o Mexicano chamar o Americano de “gringo”. Ao invés de gringo ou forasteiro, nossos antepassados escolheram o termo “pau rodado”.
Cuiabá dessa época em diante já não mais pertencia só a nós cuiabanos. Cuiabá começava a receber irmãos de todos os rincões deste país que com as mangas arregaçadas nos ajudavam a erguer a capital do futuro.
Claro que com essa miscigenação de raças, o de “tchapa e cruz”, ficou espremido no seu cantinho, tentando entender o que acontecia ao seu redor. Hoje, mais acostumado, administra com certa habilidade essa mudança toda.
Cuiabá necessita de mais Blairos, de mais Joãos, de mais Carlos, de mais Mários, todos nascidos fora daqui, desde que venham com a intenção do primeiro, de nos ajudar a erguer a metrópole que sonhamos.
Cuiabá não necessita de políticos que embriagados pelo sonho de ter nas mãos o cetro maior do estado, vende rua da cidade que administra (e mal), e ainda diz que a ama!
Cuiabá não necessita de políticos que, “despombalizados” pelo poder abandonam-na escondida dentro de crateras enormes comprometendo suas vias públicas e trazendo prejuízos incalculáveis aos proprietários de veículos.
Cuiabá não necessita de político que a abandona no meio do mandato, depois de jurar o contrário, emaranhada em uma montanha de lixo exalando por todos os quatro cantos da cidade um odor pior que banheiro de rodoviária de quinta categoria.
Cuiabá e nosso Mato Grosso necessita da continuidade das obras implementadas no governo Blairo Maggi, que, com certeza terá um grande impulso no governo Silval.
Portanto, Cuiabá deve sim, não só a Blairo, como a milhares de irmãos deste país afora que para cá convergiram no afã de nos ajudar a sermos, não só a capital nacional do agro negócio, como a capital da hospitalidade, da receptividade e da boa convivência.
Aqui não deve haver mais espaço para a mentira e para a calúnia. Mandato se ganha com propostas sérias e não com línguas afiadas.
EDUARDO PÓVOAS
povoas@terra.com.br
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