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Politica Brasil
Terça - 01 de Fevereiro de 2011 às 03:22

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A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, em Buenos Aires, que "torce para que o Egito seja um país democrático".

Em sua primeira viagem internacional desde que assumiu a presidência, ela fez referência aos protestos contra o regime de Hosni Mubarak, que já duram sete dias.

"O governo brasileiro olha com expectativa e torce para que ele (Egito) seja democrático. Que o país leve seu povo a ter todas as condições de desfrutar o desenvolvimento, porque é o país mais populoso do Oriente Médio", disse Dilma, durante uma rápida entrevista pouco antes de embarcar de volta ao Brasil.

Na tarde desta segunda-feira, o Itamaraty divulgou uma nota pedindo que os brasileiros evitem viajar ao Egito.

INTEGRAÇÃO

Durante a entrevista, a presidente também destacou a disposição do Brasil e da Argentina para intensificar integração bilateral.

"No passado, por vários motivos, os dois países foram colocados separadamente. Houve interesse de várias nações de nos separar", afirmou.

Dilma citou exemplos que acabaram afastando os dois países, do caso das "bitolas" (de trem) diferentes entre os dois países às questões de energia elétrica.

Ela recebeu de jornalistas brasileiros a carta de Lilia Ruggia, irmã de um argentino desaparecido no Brasil em 1974, durante o regime militar.

Na carta, Ruggia pede abertura dos arquivos da ditadura brasileira para que seja investigado o desaparecimento do irmão, Enrique Ernesto, em Foz de Iguaçu, em 1974.

CARINHO

Nesta visita oficial à Argentina, que durou pouco mais de seis horas, Dilma se reuniu com 20 argentinas das entidades Mães e Avós da Praça de Maio, que reúnem mulheres que perderam filhos e netos durante o regime autoritário argentino.

A presidente disse que elas não pediram, ao contrário do que fora especulado, a abertura dos arquivos daqueles anos no Brasil.

"Elas fizeram manifestação de imenso carinho por mim. Identificaram em mim o que elas perderam ao longo dos anos", afirmou.

Dilma disse que levava para o Brasil um projeto de casas populares feito pela fundação. Levava também o presente que ganhou das mães e avós: um lenço branco, como os que elas usam na cabeça para simbolizar a sua luta.






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