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Politica Brasil
Quarta - 01 de Dezembro de 2010 às 13:16

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O presidente do PMDB e vice-presidente eleito, Michel Temer, confirmou nesta quarta-feira que o partido reivindica cinco ministérios no governo de Dilma Rousseff (PT). Depois da presidente eleita ter oferecido quatro pastas à sigla, Temer disse acreditar que até a semana que vem o partido tenha "resolvido essa matéria" com a petista.

Temer se reuniu nesta quarta-feira com os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL) para discutir a divisão dos cargos no governo Dilma. O peemedebista disse que os cinco ministérios não incluem os dois já confirmados ao partido, considerados da "cota pessoal" de Dilma: Saúde e Defesa.

Além de Sérgio Cortês (Saúde) e Nelson Jobim (Defesa), Temer disse que as bancadas do PMDB na Câmara e no Senado vão indicar dois nomes, cada uma. O quinto ministério seria da "cota pessoal" de Temer, que trabalha nos bastidores pela indicação do deputado Moreira Franco (RJ).

"Não é que nós não consideremos a cota pessoal. O governo não considera essa cota pessoal como sendo do PMDB. Por isso que a conversa hoje, a disputa, gira em torno de quatro ou cinco ministérios. Essa é a tese. Seriam dois indicados pela Câmara e dois indicados pelo Senado. Se houver cota pessoal minha, eu indico um nome", afirmou.

Temer disse que a indicação de Cortês não partiu do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) --por isso não entra na cota do partido. "O Sérgio Cabral me telefonou hoje pela manhã para dizer que, na verdade, o ministro da Saúde indicado por ele foi uma cota pessoal da presidente Dilma. Ele disse: Ô Temer, não procurei ninguém porque isso foi cota pessoal. Ela me chamou, queria um técnico para a saúde, disse que aprecia muito o trabalho do Sérgio Cortês e, portanto, queria um técnico e entrava na cota pessoal dela."

O vice eleito disse acreditar que, até a semana que vem, o partido tenha finalizado com Dilma as suas indicações para o primeiro escalão do novo governo. "Aí ela conversa com os demais partidos. O que não significa, penso eu, que ela não esteja conversando com os demais partidos."

Temer admitiu que há um "desconforto" dentro do PMDB daqueles que não se sentiram ainda contemplados nas indicações para os ministérios. "Há uma agitação muitas vezes, uma preocupação, que é natural no momento da formação do governo."

O deputado confirmou que foi alçado à função de "negociador" do PMDB com a presidente eleita para a divisão de cargos no governo. Mas negou que esteja com os poderes esvaziados depois que Dilma sinalizou entregar somente quatro ministérios à sigla.

"A conversa é em torno de cinco. Mas eu sou também vice-presidente, tenho que colaborar com o governo. Claro que represento lá, por delegação do PMDB, os interesses do PMDB. Mas sempre tento compatibilizar com os interesses do governo."

Sobre a indicação de Paulo Bernardo para o Ministério das Comunicações, Temer disse que a escolha do petista vai depender de como a pasta será substituída por outra na cota do PMDB.

"Não digo se abrimos ou não abrimos [mão do Ministério das Comunicações]. Estamos conversando sobre essa composição. A ideia é o Paulo Bernardo, que é um grande ministro, e tudo isso depende de como estará essa substituição de Comunicações por outro ministério. Mas isso tudo depende da presidente."

Entre as indicações do PMDB da Câmara, Temer saiu em defesa da manutenção do ministro Wagner Rossi (Agricultura). "Eu tenho conversado com o líder [na Câmara] Henrique Alves, ele me disse que o nome do Wagner Rossi é muito bem recebido. Já recebi até manifestações pedindo sua permanência."






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